Por Agência EFE
A Hungria decidiu que não participará do Pacto Mundial para uma Migração Segura, Ordenada e Regular, estipulado na semana passada na ONU, anunciou nesta quarta-feira (18) em Budapeste o ministro de Relações Exteriores, Péter Szijjártó.
O governo húngaro do primeiro-ministro Viktor Orbán “decidiu se retirar do processo de aprovação do Pacto, por isso votará contra nas Nações Unidas e não participará da cúpula de Marrakesh”, onde o documento deve ser assinado em dezembro, disse Szijjártó à imprensa.
O ministro considerou que o acordo, ao qual qualificou de “extremista” e “contrário ao bom senso”, vai contra os interesses da Hungria.
“É extremista e fomenta a imigração”, afirmou o ministro ao justificar a decisão adotada hoje pelo governo de Budapeste, para o qual “a imigração é algo ruim, que provoca problemas de segurança nacional”.
“Até agora se falou que o documento não seria vinculativo, mas ao final pede-se aos países que elaborem programas especiais”, se queixou Szijjártó.
O Pacto Mundial para a Migração foi estipulado no último dia 13 pelos Estados membros da ONU, com a única exceção dos Estados Unidos, que se distanciaram do processo já em dezembro do ano passado.
O texto, que não é vinculativo e será adotado oficialmente em uma cúpula internacional em dezembro em Marrakesh, compromete os governos com toda uma série de objetivos na hora de tramitar as migrações.
A Hungria participou das negociações, mas seu governo se mostrou desde o primeiro momento muito crítico com o texto, entre outros motivos por considerar que não diferencia migrantes regulares e irregulares.
Entre as metas se destacam ampliar as vias de migração regular, usar a detenção de imigrantes ilegais unicamente como último recurso e oferecer acesso a serviços básicos a todos os imigrantes, sem importar seu status.