Por Alicia Marquez
Hugo “El Pollo” Carvajal, um ex-general da inteligência chavista, reiterou na quarta-feira(27) que ex-líderes do partido espanhol, Podemos, supostamente receberam pagamentos uma vez que Nicolás Maduro estava no comando do regime venezuelano, disse a EFE.
“El Pollo” Carvajal, atualmente detido na Espanha e considerado o fugitivo mais procurado dos Estados Unidos por tráfico de drogas, testemunhou na quarta-feira perante um juiz do Tribunal Nacional da Espanha que investigava o suposto financiamento irregular de Podemos – em um caso aberto em 2016 e que foi reaberto na semana passada após suas declarações.
Durante a apresentação, que ocorre em meio à confusão jurídica que se transformou seu processo de extradição para os Estados Unidos por tráfico de drogas, Carvajal voltou a apontar ex-dirigentes do partido espanhol, como Juan Carlos Monedero, de quem fez fez referência a um novo pagamento que até agora não tinha divulgado.
Ele também ratificou as acusações contra o cofundador do Podemos, Carolina Bescansa, e outras pessoas ligadas ao partido como Jorge Lago e Ariel Jerez, e voltou a falar de supostos pagamentos que teriam saído dos cofres da petroleira venezuelana PDVSA, indicam fontes legais à EFE.
A advogada do ex-general chavista, María Dolores Argüelles, destacou à mídia que até que a Câmara de Contencioso resolva seu recurso contra a negação do asilo que solicitou, Carvajal não pode ser extraditado.
Carvajal teria apresentado documentos na semana passada a um juiz espanhol onde disse que o regime chavista financiou ilegalmente diferentes movimentos de esquerda ao redor do mundo durante 15 anos, incluindo o partido espanhol Podemos, de acordo com imagens dos documentos obtidos pela mídia espanhola Ok Diario.
“Há pelo menos 15 anos o governo venezuelano financiou ilegalmente movimentos políticos de esquerda no mundo”, diz uma captura de tela dos documentos obtidos pelo jornal espanhol Ok Diario.
Diferentes autoridades nos tribunais espanhóis indicaram que “Pollo” Carvajal tenta impedir sua entrega aos Estados Unidos usando diversos recursos para evitar ser extraditado para os Estados Unidos, onde será processado por delitos de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e colaboração com as FARC.
Uma é a terceira secção do Criminal, que foi quem ordenou a materialização da entrega e depois a deixou em espera devido ao referido erro de forma, interpretou a colaboração repentina de Carvajal como uma “estratégia retardadora” para impedir a entrega.
Por outro lado, os magistrados de outra Câmara, a Câmara de Contencioso, censuraram-no por utilizar o asilo – que foi negado pelo Ministério do Interior – de forma “fraudulenta” para evitar a todo o custo a sua extradição.
Em torno da declaração de Carvajal hoje, sua extradição para os Estados Unidos, inicialmente anunciada pelo Tribunal Nacional Espanhol para 23 de outubro, foi adiada devido ao fato de que uma ordem que precisava ser formalizada antes de executar a entrega não havia sido cumprida, a pedido de sua defesa, estando prevista para sexta-feira a apreciação do caso pelos magistrados do plenário da Câmara Criminal.
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