A ONG Human Rights Watch (HRW) confirmou a detenção da líder da oposição María Corina Machado após o protesto que ela convocou nesta quinta-feira (09) para reivindicar a vitória do correligionário Edmundo González Urrutia nas eleições presidenciais de julho do ano passado e exigiu sua libertação.
“Confirmamos a detenção da líder opositora venezuelana María Corina Machado. A comunidade internacional deve exigir em uníssono sua libertação imediata”, disse o vice-diretor da HRW para as Américas, Juan Pappier.
O partido de Machado, Vamos Venezuela (VV), informou que ela havia sido “violentamente interceptada” após deixar o protesto.
“Agentes do regime dispararam contra as motos que a transportavam”, disse o Vamos Venezuela na rede social X (ex-Twitter).
Machado reapareceu nesta quinta-feira em Caracas cercada por centenas de simpatizantes, depois de permanecer escondida desde 28 de agosto, quando participou de outro protesto a favor vitória de González Urrutia, apesar de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter proclamado de forma fraudulenta a reeleição de Maduro.
Mais de quatro meses após sua última aparição pública e um dia antes da posse presidencial Machado foi às ruas, como havia prometido a seus seguidores na última terça-feira durante uma entrevista coletiva por teleconferência, para novamente reivindicar a vitória da oposição nas eleições de 28 de julho.
Ela também garantiu que os próximos dias serão “históricos e decisivos para a liberdade” do país, como parte do “impressionante” movimento popular.
“Estamos, a partir de hoje, em uma nova fase. Estamos nos preparando para esses dias e essas semanas”, declarou Machado a aooiadores.