O porta-voz do movimento rebelde houthi, Mohamed Abdelsalam, considerou uma “honra” o fato de seu grupo ter sido designado nesta quarta-feira como terrorista pelos Estados Unidos e disse que isso não mudará “a posição do Iêmen em apoio à Palestina”.
“A designação dos EUA não tem valor e isso não mudará a posição do Iêmen em apoio à Palestina. Ao contrário, nós a consideramos como uma medalha de honra por apoiar a resistência palestina na Faixa de Gaza, enquanto os EUA exercem sua agressão contra o Iêmen”, declarou em sua conta na rede social X (ex-Twitter).
Ele observou que são as “políticas arrogantes” dos EUA e seu “apoio à entidade sionista criminosa”, referindo-se a Israel, que são os “verdadeiros patrocinadores do terrorismo”.
Enquanto isso, Mohamed al Bukhaiti, membro do gabinete político houthi, disse em sua conta no X que essa decisão “não traz nada de novo”.
“Isso se soma ao fato de que Ansar Allah (houthis) desfruta atualmente de um grande apoio popular que não tem paralelo nos níveis local, árabe, islâmico e internacional”, declarou.
Bukhaiti concluiu dizendo que os houthis são “homens de guerra”, mas também homens de paz, motivo pelo qual pediu aos EUA e ao Reino Unido que “parem com os crimes de genocídio em Gaza e parem sua agressão contra o Iêmen”.
“A bola está no campo deles e eles podem nos chamar do que quiserem”, enfatizou.
A designação dos rebeldes houthis pelos EUA como “terroristas” ocorre dias depois de Estados Unidos e Reino Unido lançarem uma campanha de bombardeio contra os alvos militares do grupo no Iêmen devido aos ataques dos terroristas a navios no mar Vermelho e no estreito de Bab al Mandeb, que afetaram gravemente o comércio marítimo internacional.