A empresa americana Honeywell UOP admitiu ter pagado uma propina de US$ 4 milhões a um executivo da Petrobras para obter vantagens na concessão de um contrato e foi sancionada, informou nesta segunda-feira o Departamento de Justiça dos Estados Unidos em um comunicado.
A companhia, uma subsidiária do grupo Honeywell International e que desenvolve tecnologias para áreas como refino de petróleo e processamento de gás, chegou a um acordo de culpabilidade com as autoridades americanas e brasileiras pelo qual terá de pagar US$ 160 milhões, incluindo penalidade.
Segundo a própria Honeywell reconheceu, entre 2010 e 2014 a subsidiária ofereceu US$ 4 milhões a um executivo de alto escalão da Petrobras, para conseguir benefícios indevidos na disputa por um contrato de US$ 425 milhões para projetar e construir uma refinaria chamada Premium.
“Em troca do suborno, a UOP obteve vantagens comerciais, incluindo informações privilegiadas e assistência secreta do executivo da Petrobras, e ganhou o contrato”, disse o Departamento de Justiça americano.
Ainda de acordo com a pasta, a empresa embolsou cerca de US$ 105,5 milhões por meio do negócio obtido de forma corrupta.
A Honeywell UOP deve agora pagar uma penalidade de US$ 79 milhões para encerrar a investigação contra ela e outros US$ 81 milhões em conceito de restituição, segundo o Departamento de Justiça, que disse ter feito o acordo porque a empresa cooperou com as investigações, fornecendo as provas solicitadas, e demitiu funcionários envolvidos “na má conduta”.
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