Hiperinflação na Venezuela chega às nuvens em 2018: salsichas custam 4 salários

08/01/2018 11:42 Atualizado: 08/01/2018 11:42

A situação econômica na Venezuela continua piorando, com uma hiperinflação que está causando fome e miséria. Nas redes sociais, os cidadãos estão resignados a relatar os preços dos produtos básicos com valores inalcançáveis.

O preço de um pacote de salsichas, em 4 de janeiro, chegou a 990 mil bolívares, o que significa cerca de 4 salários.

O salário mínimo é de 248.510 bolívares, de acordo com o jornal El Nacional.

Economistas internacionais previram, esta semana, um sombrio cenário para 2018. O país pode chegar a 30.000% de inflação, de acordo com Francisco Ibarra, diretor da empresa Econométrica, para o Miami Herald.

Esta imagem mostra os preços desta semana, como divulgado no Twitter:

Estes foram os preços divulgados em 20 de dezembro:

https://twitter.com/DEstilismoCh/status/943559529589104645

O público divulgou as seguintes imagens sobre o que acontece no comércio.

Em novembro, a inflação anual superou 4.000%, de acordo com relatório do economista Steve Hanke, da Universidade John Hopkins.

Ao final de 2017, a Venezuela retrocedeu para uma hiperinflação de 3.000%, mas as previsões para 2018 não são otimistas. Os economistas acreditam que a inflação poderá ultrapassar facilmente a marca de 30.000%, conforme noticiou o jornal Miami Herald esta semana, de acordo com as previsões de Francisco Ibarra.

“Os que previram que a Venezuela encerrará 2018 com uma taxa de inflação de 5.000% realmente não entenderam o que está acontecendo”, disse Ibarra. “O país poderá chegar a essa marca de 5.000 já em fevereiro”.

O economista explicou que, dadas as circunstâncias atuais, uma estimativa conservadora da inflação no final de 2018 seria de 30.000%.

“Nesse ritmo, a inflação terá um impacto ainda mais devastador nas pessoas de um país que já tem o salário mínimo mais baixo da América Latina, cerca de 2,46 dólares por dia, ou 74 dólares por mês”, informou o relatório ao Miami Herald.

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