O novo líder do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou nesta quarta-feira (30), em seu primeiro discurso como chefe do grupo terrorista libanês, continuará com “o mesmo plano de guerra” contra Israel traçado pelo seu antecessor, Hassan Nasrallah, eliminado há pouco mais de um mês em um bombardeio massivo do Exército israelense.
“A agenda de trabalho é a mesma que com Hassan Nasrallah. Continuamos com o mesmo plano de guerra”, disse Qassem em um discurso televisionado, no qual apareceu ao lado das bandeiras do Líbano, do Hezbollah e de uma foto emoldurada de seu antecessor, que sempre prometeu que o grupo cessaria seus ataques a Israel se uma trégua fosse alcançada na Faixa de Gaza.
“Sempre dissemos que não queremos a guerra, mas estamos preparados caso ela nos seja imposta e faremos isso com firmeza e triunfaremos, se Deus quiser”, ressaltou Qassem, que afirmou que os únicos objetivos do Hezbollah são “proteger o Líbano” e “apoiar a Palestina”.
Da mesma forma, reconheceu que o grupo “pagou o preço pelas convicções de libertação”, em referência às dezenas de mortes de dirigentes do Hezbollah – entre eles Nasrallah – desde o início dos confrontos com Israel em 8 de outubro de 2023, um dia após a eclosão da guerra na Faixa de Gaza.
No entanto, insistiu na “necessidade” do grupo responder à “brutalidade” de Israel em Gaza e no Líbano.
Por outro lado, admitiu que o Irã “apoia” o Hezbollah, mas insistiu que a República Islâmica “não quer nada” em troca, apenas “a libertação da terra libanesa”.
“Damos as boas-vindas a qualquer país árabe, islâmico ou do mundo se quiser nos apoiar. Não dizemos não a quem nos apoia no mundo, seja ocidental, árabe ou quem quer que seja. Não diremos não”, ressaltou o clérigo, que foi nomeado ontem como o novo líder do grupo terrorista.