Harley-Davidson abandona políticas de diversidade, equidade e inclusão após pressão nas redes sociais

Em seu perfil no X, a fabricante de motocicletas disse que as pautas progressistas de diversidade, como “cotas de contratação”, não são mais aplicadas e vai rever os patrocínios

Por Redação Epoch Times Brasil
22/08/2024 18:06 Atualizado: 22/08/2024 18:06

A empresa de motocicletas Harley-Davidson anunciou nesta segunda-feira (19) que está abandonado suas políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) após sofrer pressão e críticas por parte de seus clientes nas redes sociais.

Em um comunicado na plataforma X, a Harley-Davidson afirmou que a empresa não mantém uma função DEI desde abril de 2024 e que não terá mais essa função a partir de agora. “Não temos cotas de contratação e não temos mais metas de gastos com diversidade de fornecedores”, escreveu.

Além disso, a Harley-Davidson retirará o chamado “conteúdo socialmente motivado” de seus materiais de treinamento para funcionários e deixará de participar da avaliação da Human Rights Campaign (HRC) –  uma das principais organizações de promoção e defesa dos direitos da comunidade LGBT nos Estados Unidos (EUA). 

Em julho, o ativista conservador Robby Starbuck fez uma postagem no X com críticas à empresa e atingiu 3 milhões de visualizações. Agora, ele elogiou a decisão da Harley-Davidson e considerou uma vitória para aqueles que são contra as políticas de DEI.

Em sua declaração no X, a fabricante lamentou o episódio. “Estamos tristes com a negatividade nas mídias sociais nas últimas semanas, projetada para dividir a comunidade Harley-Davidson”, disse. 

A empresa ressaltou ainda que irá revisar todos os patrocínios e organizações externas com as quais se afilia e sugeriu que alguns deles, como o apoio financeiro a paradas do Orgulho Gay, podem ser suspensos.

De acordo com a nota, a marca passará a concentrar seus investimentos publicitários exclusivamente no crescimento do motociclismo.

Com sede em Milwaukee, nos EUA, a Harley-Davidson já foi membro corporativo da Câmara de Comércio LGBT em Wisconsin, capital do estado. 

A decisão do icônico fabricante de motocicletas alinha-se com a postura adotada por outras gigantes como a John Deere & Co e a Tractor Supply, que também abandonaram suas iniciativas de inclusão LGBT após críticas.