Três dos 136 reféns que se estima que o Hamas mantenha em cativeiro na Faixa de Gaza desde o ataque de 7 de outubro contra Israel apareceram nesta segunda-feira em um vídeo em que os terroristas anunciaram que darão a conhecer o seu destino.
“O que você acha? Estão todos mortos, alguns mortos e outros vivos, ou ainda estão todos vivos?”, questionou hoje, em um vídeo sem data compartilhado no Telegram, o braço armado do Hamas, as Brigadas Al-Qassam.
Os três reféns mostrados nos 33 segundos de filmagem são Noa Argamani, de 29 anos, Yossi Sharabi, 53, e Itay Svirsky, 38. Os terroristas islâmicos encerram o vídeo anunciando que “esta noite iremos informá-los sobre seu destino”.
Esta mensagem é divulgada após um primeiro vídeo publicado domingo à noite pelo Hamas no Telegram, no qual os mesmos três reféns são vistos apresentando-se e pedindo ao governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que pare a guerra e os leve para casa.
Não se sabe onde o vídeo foi gravado, nem se as imagens são recentes. Os três reféns não mostram sinais de abuso e parecem estar bem de saúde.
O Hamas já compartilhou outros vídeos semelhantes, desde que, em 7 de outubro, milhares dos seus milicianos mataram 1.200 pessoas no sul de Israel e raptaram cerca de 240 pessoas, dando início a uma escalada de guerra sem precedentes na Faixa de Gaza.
As autoridades israelenses acreditam que 136 reféns – incluindo 25 já mortos – ainda estejam detidos pelo Hamas, mas no domingo o grupo islâmico afirmou ter perdido contato com alguns deles devido à massiva ofensiva militar por terra e ar.
“O mais provável é que muitos deles morreram recentemente, os demais estão em grande perigo a cada hora que passa e a liderança e o Exército do inimigo são responsáveis”, disse em um comunicado o porta-voz do braço armado do Hamas, Abu Obeida.
“Qualquer diálogo antes do fim da agressão israelense é inútil”, acrescentou Obeida.
No total, 110 reféns foram libertados até agora, 105 deles durante a trégua de uma semana que ocorreu em novembro em troca da libertação de 240 prisioneiros palestinos.
Por sua vez, Israel recuperou os corpos de 11 reféns mortos e as próprias forças israelenses mataram por engano quatro deles, um deles durante uma fracassada operação de resgate.