O grupo terrorista palestino Hamas confirmou nesta terça-feira a morte do número dois do seu gabinete político, Saleh al Arouri, no ataque de um drone de Israel contra um escritório do grupo nos arredores de Beirute, onde também morreram outras cinco pessoas.
Em comunicado, o Hamas culpou “a ocupação sionista”, referindo-se a Israel, pelo assassinato “covarde” de líderes palestinos “dentro e fora da Palestina”.
As Brigadas al-Qassam, das quais Saleh al Arouri foi cofundador, prometeram “uma resposta a todos os crimes” contra os palestinos.
A organização terrorista comunicou que Saleh al Arouri morreu “com grande orgulho e honra” e enfatizou que “o assassinato de líderes não desencorajará o dever nacional de defender o povo e apenas aumentará a determinação de resistir”.
“Lamentamos (a morte) do grande líder nacional” Saleh al Arouri “e de seus irmãos, os mártires, após um assassinato covarde e traiçoeiro realizado pelo inimigo sionista (Israel)”, reagiu o grupo terrorista palestino Jihad Islâmica em nota.
Pelo menos dois projéteis israelenses atingiram um escritório do movimento palestino na área de Msharafiye, nos subúrbios ao sul de Beirute, nesta tarde, além de veículos estacionados em frente ao local.
Arouri, membro do gabinete político do Hamas e um dos fundadores de seu braço armado, era um dos mais proeminentes líderes exilados do grupo, que tem vários representantes no Líbano e em outros países da região.
Ele também era considerado um dos líderes do Hamas que planejava ações armadas contra Israel no exterior.
O grupo terrorista libanês Hezbollah controla a maioria dos bairros ao sul da capital onde ocorreu o ataque, uma área que representa um de seus principais redutos no país e que não era atacada desde a guerra que travou contra Israel no verão de 2006.
Desde 8 de outubro, como parte da guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, o Hezbollah também está envolvido em um intenso fogo cruzado com as forças israelenses do seu lado da fronteira.