O grupo terrorista islâmico Hamas lamentou neste sábado (21) a morte do principal comandante do Hezbollah, Ibrahim Aqil, em um ataque aéreo israelense realizado na sexta-feira na capital libanesa, Beirute, e disse que Israel pagará um preço alto.
“Esse crime cometido pela ocupação (israelense) é um ato imprudente pelo qual pagará um preço alto, e o sangue do líder mártir Ibrahim Aqil será a chama que engolirá essa entidade artificial”, declarou o Hamas em comunicado.
O Hezbollah também confirmou a morte do “grande líder”, bem como a de três comandantes das forças especiais Radwan: Ahmed Wahbi, que supervisionou as operações militares durante a guerra de Gaza, Abu Yasser Atar e Al Hajj Nineveh. De acordo com o Exército israelense, pelo menos dez membros do Hezbollah foram mortos junto com Aqil.
O Hamas agradeceu à Resistência Islâmica no Líbano pelos “grandes sacrifícios feitos” para continuar apoiando o povo palestino, enquanto o Hezbollah ataca o norte de Israel como um gesto de solidariedade à guerra na Faixa de Gaza, e reiterou várias vezes que não deixará de fazer isso até que a guerra termine.
O bombardeio de um prédio residencial nos subúrbios do sul de Beirute, conhecido como El Dahye, já deixou pelo menos 37 pessoas mortas e 68 feridas, de acordo com o último balanço do Ministério da Saúde Pública do Líbano.
O eliminação de Aqil ocorreu menos de dois meses depois que outro ataque atribuído a Israel matou o então principal comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, também em um prédio em Dahye.
Desta vez, o novo ataque ocorre após duas ondas de explosões de milhares de dispositivos de comunicação transportados por integrantes do Hezbollah – e atribuídas a Israel – nas quais 37 pessoas foram mortas e quase 3.000 ficaram feridas no Líbano.