Hamas afirma que morte de líderes não significa o fim da organização

Por Agência de Notícias
18/10/2024 17:21 Atualizado: 18/10/2024 17:21

O grupo terrorista Hamas enviou, nesta sexta-feira (18), uma mensagem a Israel, após ter sido confirmada ontem a morte do seu líder, Yahya Sinwar, na qual advertiu que a morte de seus líderes “não significará mesmo o fim do movimento, nem da luta do povo palestino”.

Este é o primeiro comunicado do Hamas após a morte de seu líder em confrontos armados com Israel no sul de Gaza, embora o grupo não confirme explicitamente o falecimento de Sinwar.

“O Hamas é um movimento de libertação liderado por pessoas que buscam a liberdade e a dignidade, e isso não pode ser eliminado”, afirma um comunicado assinado pelo chefe das relações políticas e internacionais, Basem Naim.

“Acreditamos que o nosso destino é uma de duas coisas boas: ou a vitória ou o martírio”, acrescenta.

O texto destaca que nenhuma das mortes de Israel contra alguns de seus líderes, como o comandante Sehadeh, o primeiro chefe das Brigadas Al-Qassam, conseguiu enfraquecer o grupo terrorista.

A morte de seus líderes – prossegue Naim – considera que tornou “mais forte e mais popular” o grupo palestino, e que ao mesmo tempo todos eles são lembrados como “ícones entre as futuras gerações que continuarão o caminho rumo a uma Palestina livre”.

“Sim, é muito doloroso e angustiante perder entes queridos, especialmente líderes extraordinários como o nosso, mas o que temos certeza é que finalmente sairemos vitoriosos; este é o resultado para todas as pessoas que lutaram pela sua liberdade”.

“O Hamas não governará mais Gaza. É o começo do dia depois do Hamas”, disse triunfantemente o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, poucas horas após as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmarem a morte de Sinwar.

Netanyahu advertiu, no entanto, que a guerra na Faixa ainda não terminou e que há “muitos desafios pela frente”; ao mesmo tempo que envia uma mensagem à região, especificamente ao Líbano, onde as tropas israelenses continuam uma ofensiva terrestre desde 1º de outubro.