Hackers russos atacaram empresa ucraniana em que filho de Biden trabalhou

14/01/2020 13:05 Atualizado: 14/01/2020 13:05

Por EFE

Washington, 13 jan – Hackers russos atacaram a empresa ucraniana para a qual trabalhava o filho de Joe Biden, ex-vice-presidente dos Estados Unidos e um dos favoritos nas primárias do Partido Democrata para enfrentar Donald Trump nas eleições de 2020.

As informações são do jornal “The New York Times”, que afirma que os hackers seriam ligados ao Departamento Central de Inteligência da Rússia (GRU) e teriam atacado a Burisma, uma das maiores produtoras de gás natural da Ucrânia e para a qual Hunter Biden trabalhou entre 2014 e 2019.

Segundo o “Times”, os ataques contra a Burisma começaram em novembro do ano passado, pouco depois de a oposição democrata iniciar um processo de impeachment contra Trump.

Especialistas citados pelo jornal afirmam que o objetivo dos hackers russos era obter informações capazes de prejudicar a família de Biden, um dos mais cotados para enfrentar Trump no pleito de novembro.

Os hackers teriam, de acordo com o “Times”, usado diferentes técnicas para roubar informações da Burisma. Por exemplo, criaram sites falsos que se pareciam com páginas usadas pelos sistemas da empresa. Alguns funcionários também receberam e-mails que se pareciam com os enviados internamente.

O “Times” considera que os ataques se parecem com os sofridos pela campanha de Hillary Clinton e pelo Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) durante a campanha presidencial de 2016.

As agências de inteligência dos EUA afirmam que a ordem de influenciar as eleições americanas, vencidas por Trump, veio do próprio presidente da Rússia, Vladimir Putin. O Kremlin e a Casa Branca negam ter havido qualquer tipo de conluio.

O processo de impeachment de Trump gira em torno da hipótese de ele ter pressionado o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelenski, a abrir uma investigação por corrupção contra a família Biden. O objetivo seria prejudicá-los na campanha eleitoral deste ano.

O caso deve ser enviado em breve ao Senado, que julgará se Trump continua ou não no cargo. É pouco provável que o presidente americano seja afastado, já que a casa é controlada por uma maioria republicana.