Milhares de pessoas saíram às ruas da Guiana neste domingo para manifestar-se a favor da preservação de Essequibo, um território de quase 160 mil quilômetros quadrados em disputa com a Venezuela, que realiza hoje um referendo para reforçar o apoio popular ao governo nesta controvérsia.
Os guianenses reuniram-se em diferentes pontos do país para formar uma “corrente de mãos”, com o objetivo de enviar uma mensagem de unidade em meio à disputa com a nação vizinha, que propõe no referendo a anexação de Essequibo ao seu mapa, algo que Georgetown rechaça categoricamente.
Durante o dia, os guianenses, que também marchavam e dançavam, agitavam sua bandeira e usavam camisetas com seu mapa – incluindo o território disputado – e com a frase “Essequibo pertence à Guiana”.
Várias autoridades participaram na atividade, incluindo o presidente Irfaan Ali, que este domingo pediu à Venezuela que agisse com “responsabilidade” com relação ao seu referendo não vinculativo.
Na sexta-feira passada, o presidente pediu à Venezuela que acatasse uma decisão do Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) que ordenava Caracas a “abster-se” de tomar “qualquer ação que modifique” a situação atual do território em disputa, controlado pela Guiana.
O TIJ não pediu diretamente à Venezuela que cancelasse a realização do referendo, mas instou o regime de Nicolás Maduro a “não agravar a disputa” e lembrou que suas decisões “têm efeito vinculativo e, portanto, criam obrigações jurídicas internacionais”.
A Guiana, que tem promovido uma campanha nacional de educação e conscientização sobre a disputa, convocou também uma reunião de “reflexão patriótica” no Estádio Nacional na noite deste domingo.
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