As autoridades da Guiana investigam nesta terça-feira as causas do incêndio que matou 19 crianças ontem em uma escola do país e que, segundo o primeiro relatório do Corpo de Bombeiros, começou “maliciosamente”.
O vice-chefe do Corpo de Bombeiros, Dwayne Scotland, revelou em um comunicado oficial que o incêndio começou na extremidade sudoeste do prédio e consumiu rapidamente a escola de ensino médio Mahdia.
Scotland disse que o Corpo de Bombeiros de Mahdia recebeu uma ligação por volta das 23h15 de domingo e que, embora as brigadas tenham demorado apenas quatro minutos para chegar ao local, a escola estava completamente envolvida pelas chamas.
O comissário de polícia Clifton Hicken, que já recebeu o relatório do Corpo de Bombeiros, garantiu que a investigação será concluída rapidamente e será tornada pública logo em seguida.
Os mortos no incêndio são 18 meninas, que eram alunas da escola e em sua maioria de origem indígena, e um menino de 5 anos, identificado como filho de uma das cuidadoras do centro.
Até agora, foram concluídas as autópsias em seis dos corpos, disse Hicken, enquanto testes de DNA serão realizados para identificar as outras 13 vítimas, que ficaram carbonizadas.
Treze das meninas e o menino de 5 anos morreram no próprio dormitório da escola, enquanto outras cinco crianças morreram no Hospital Mahdia.
Entre os feridos, seis meninas foram levadas para a capital Georgetown em estado crítico e 17 estão recebendo tratamento no Hospital Mahdia.
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, declarou três dias de luto nacional e a bandeira nacional será hasteada a meio mastro em todos os prédios públicos em homenagem às crianças mortas na tragédia.
“Peço que, como nação, usemos os próximos três dias como três dias de oração por essas crianças, suas famílias e a comunidade”, disse Ali, descrevendo o dia de ontem como um dos “mais tristes” de sua vida como presidente.
Segundo as autoridades, 56 meninas estavam alojadas no dormitório feminino da escola e eram originárias das cidades montanhosas de Chenapau, Karisparu, Micobie e El Paso.
As comunidades indígenas dessas cidades, que mantêm uma relação tensa com o governo, pedem indenização e justiça após o trágico incidente.
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