Por EFE
Caracas, 10 fev – O líder da oposição da Venezuela, Juan Guaidó, reconhecido por mais de 50 nações como presidente interino, prometeu nesta segunda-feira à população de seu país que voltará em breve e a convocou para as ruas para derrubar o regime de Nicolás Maduro, a quem mais uma vez chamou de ditador.
“Nós temos o apoio e o respeito do mundo. Agora temos a tarefa mais poderosa e fundamental, aquela que nos trouxe aqui, de nos unirmos para que, de uma vez por todas, possamos dizer com força que virtude, honra e liberdade cobrem todos os cantos da Venezuela”, declarou Guaidó em um vídeo transmitido por sua equipe.
O oposicionista deixou a Venezuela em 19 de janeiro e desde então visitou Bogotá, Londres, Davos, Madri, Canadá, França e Estados Unidos, onde se encontrou com diversos líderes.
“Em minhas viagens, testemunhei diferentes fatores, governos e instituições de diferentes estilos unidos por um compromisso, por uma causa justa: pela Venezuela, pela liberdade. Precisamos conseguir isso também internamente, pondo de lado quaisquer diferenças e trabalhando juntos num caminho claro, nosso, de sucesso para derrotar a ditadura. Mas para que isso aconteça nós venezuelanos devemos, dentro e fora do país, reativar a mobilização e fazer-nos sentir fortemente”, destacou.
Embora não tenha especificado a data em que pretende voltar à Venezuela, Guaidó disse que está voltando com o compromisso de seus aliados com as ações e medidas que serão executadas. Por isso, segundo ele, convoca para “reativar a luta e a mobilização popular”.
Apesar do anúncio, o líder da oposição não forneceu detalhes do calendário de mobilização planejado nem fez qualquer tipo de convocação para datas específicas.
“Eu assumo o meu papel, assumo a minha responsabilidade com todos os riscos envolvidos, e convido cada um de vocês, como sempre fizeram, a assumir o seu. Eu convoco cada um de vocês porque somos os protagonistas da libertação da Venezuela e somos chamados a ser um para que um país possa existir”, disse.
Por fim, Guaidó considerou o regime de Maduro um perigo para todo o planeta e afirmou ter dito isso aos seus países aliados durante a viagem. “Eles estão dispostos a aumentar a pressão ao máximo necessário”, salientou.
“A solução fundamental para a Venezuela só acontecerá quando conseguirmos, com muita pressão, eleições presidenciais realmente livres. Para isso, temos o apoio e o consenso do mundo, das principais potências, que se comprometeram a ignorar qualquer fraude que a ditadura possa tentar cometer”, encerrou.