Por Agência EFE
O presidente da Venezuela, Juan Guaidó, retificou na quarta-feira seu apelo de dois dias atrás, no qual convocou os cidadãos a se mobilizarem nas ruas para reconhecer o trabalho do pessoal de saúde que trabalha na linha de frente durante a pandemia do vírus do PCC (Partido Comunista Chinês), para “uma atividade que acontecerá na quinta-feira ao meio-dia nas faculdades de medicina”.
Após as inúmeras críticas recebidas pelos internautas, que o questionaram por convocar uma mobilização de rua em meio à escalada dos casos de COVID-19 no país, ele corrigiu o rumo e convidou para “uma atividade”, da qual não deu detalhes, na faculdades de medicina “de cada cidade para homenagear e reconhecer” o trabalho dos profissionais de saúde.
“Convido o país a se mobilizar com as medidas necessárias para fazer frente à pandemia. Nesta quinta-feira, 10 de setembro, vamos reconhecer nas ruas a obra dos nossos heróis da saúde”, escreveu o Presidente do Parlamento na última segunda-feira em sua conta no Twitter.
No entanto, hoje ele modificou o convite e exortou “os venezuelanos a participarem, com distanciamento social e máscaras” na homenagem a quem “colocou em risco suas vidas e de suas famílias na luta contra a COVID-19” em escolas médicas, embora não tenha especificado que tipo de atividade será ou se será realizada em locais fechados ou fora dos recintos.
A retificação foi feita durante uma conferência de imprensa na qual recordou a “unidade” dos partidos da oposição face às eleições legislativas, que considera uma “fraude” e na qual, garante que a oposição não participará.
No entanto, quem, na realidade, não participará serão as lideranças tradicionais de cada partido, mas as formações oposicionistas se separarão, com suas logomarcas e cartão eleitoral como sempre, mas com candidatos indicados pelo Supremo Tribunal de Justiça Chavista (TSJ), após suas reuniões originais sejam intervidas.
Em seu comparecimento, Guaidó lembrou, mais uma vez, que 62.696 profissionais de saúde continuam recebendo títulos de 300 dólares, ao valor de 100 dólares mensais, que o regime venezuelano bloqueou no exterior e cujo acesso foi permitido a Guaidó.
O Presidente do Parlamento não especificou se vai homenagear o pessoal de saúde por quem convocou ou se está prevista a sua intervenção em alguma das faculdades de medicina em que se realizará a atividade.
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