Guaidó está confiante de que a acusação dos EUA contra Maduro ajudará a libertar a Venezuela

As acusações anunciadas nesta quinta-feira confirmam "o que nós venezuelanos conhecemos há muito tempo, denunciamos e enfrentamos"

26/03/2020 23:50 Atualizado: 27/03/2020 02:07

Por Agência EFE

O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, afirmou nesta quinta-feira que confia que as acusações dos Estados Unidos contra o ditador Nicolás Maduro e uma dúzia de seus colaboradores por suposto tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e terrorismo são “bem fundamentadas” e ajudam a libertar “a Venezuela a partir do” sistema criminal.

“Estou confiante de que as acusações feitas contra os membros do regime são bem fundamentadas e ajudarão a libertar o país do sistema criminal que seqüestrou nosso povo por tantos anos”, disse Guaidó em comunicado.

Nesta quinta-feira, as autoridades judiciais dos EUA acusaram Maduro e seus colaboradores mais próximos de suposto tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e terrorismo, entre os quais o presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), Diosdado Cabello, e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino.

O oponente venezuelano, que é reconhecido como presidente responsável pela Venezuela por mais de 50 países, enfatizou que nos Estados Unidos “há separação e independência de poderes” e acrescentou que o sistema de justiça desse país “é reconhecido mundialmente por seus eficácia, seriedade, respeitabilidade e transparência”.

Para Guaidó, as acusações anunciadas nesta quinta-feira confirmam “o que nós venezuelanos conhecemos há muito tempo, denunciamos e enfrentamos”.

Ele garantiu que o país não está apenas passando por “um problema político”, mas enfrentando “um cartel, o cartel Maduro”.

Ele afirmou que os líderes de alto escalão do Chavismo acusados ​​de tráfico de drogas, entre outras acusações, “são culpados por fazer a Venezuela sofrer hoje uma das piores crises humanitárias da história da região”.

“Reafirmo que continuaremos aumentando a pressão até desmantelarmos o estado usurpador de criminosos e farei o que for necessário para ser livre e proteger o povo venezuelano”, disse Guaidó, que foi vinculado pelas autoridades do país a um suposto plano terrorista organizado na Colômbia, sob ordens dos Estados Unidos.

Nesta quinta-feira, o ditador Nicolás Maduro reiterou sua denúncia de um suposto plano violento organizado em solo colombiano e sob as ordens dos Estados Unidos de atacar a Venezuela, pelo qual pediu às autoridades militares venezuelanas que estivessem vigilantes para conter esses possíveis ataques.

“Alerta, preparar para combate sempre que necessário, quando necessário e com toda a capacidade de combate necessária, entendido? Entendido. Estamos prontos para o combate, não somos covardes, somos guerreiros, queremos paz, mas estamos prontos para o combate”, assegurou.

Maduro denunciou que, como parte das ações do grupo no qual ele envolveu Guaidó, “na semana passada eles atacaram Punta de Mata para tirar o gás de nós e tomaram o gás de nós por dois dias”.

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