Guaidó denuncia sequestro e tortura de dois membros de seu corpo de segurança

A prisão do pessoal de segurança do chefe do Congresso ocorre em um momento em que o regime ditatorial comunista e o governo constitucional estão fazendo negociações sob a mediação da Noruega

15/07/2019 17:29 Atualizado: 15/07/2019 17:29

Por Voice of America

O presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó, denunciou no sábado (13) que duas pessoas de seu corpo de segurança foram detidas e submetidas a torturas pelo regime comunista de Nicolás Maduro.

O ministro das Comunicações do governo em disputa na Venezuela, Jorge Rodríguez, disse no sábado que as pessoas tentaram vender armas do destacamento do Poder Legislativo, algo que o presidente do país rapidamente negou.

“As armas foram plantadas, assim como para Roberto Marrero. Isso não é novidade, sabemos o que estamos enfrentando “, disse Guaidó no estado de Trujillo, oeste da Venezuela, no sábado.

O Centro Nacional de Comunicação da Venezuela informou nesta sexta-feira, por meio da conta no Twitter, que dois membros do órgão de segurança do presidente encarregado, Juan Guaidó, foram sequestrados.

“Suas divisões e natureza demonstram sua incapacidade de garantir uma solução política para a crise”, acrescenta a publicação.

Guaidó também salientou, em seu Twitter, que trata-se de Erick Sánchez e Jason Parisi, que de acordo com o presidente encarregado estavam em Caracas “guardando minha família enquanto estou em Trujillo”.

Ele também alertou sobre as possíveis torturas “a que estão sendo submetidos” e acrescentou: “não vamos parar até recuperarmos a liberdade e o respeito pelos direitos humanos na Venezuela”.

O Centro de Comunicação também convocou a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, CIDH.

Outras pessoas da equipe do governo de Guaidó também foram presas: Roberto Marrero, chefe de seu gabinete, acusado de terrorismo; e o primeiro vice-presidente do Parlamento, Edgar Zambrano. Os tribunais também acusaram 15 legisladores de conspiração.

A prisão do pessoal de segurança do chefe do Congresso ocorre em um momento em que o regime ditatorial comunista e o governo constitucional estão fazendo negociações sob a mediação da Noruega. Durante a semana, as partes se reuniram em Barbados e retornaram na quinta-feira para consultas com vistas a uma nova reunião nos próximos dias.