Por EFE
Caracas, 12 fev – Juan José Márquez, tio do líder da oposição venezuelana Juan Guaidó, desapareceu na terça-feira pouco depois de desembarcar em Caracas com o sobrinho e após ser interceptado pelas autoridades alfandegárias, denunciou a equipe do político.
“Denunciamos o desaparecimento de Juan José Márquez, tio do presidente (encarregado) Juan Guaidó, que acompanhava o presidente no avião no momento da chegada à Venezuela”, informou no Twitter o Centro Nacional de Comunicação (CNC) de Guaidó.
Além disso, também culparam o ditador Nicolás Maduro e o diretor de segurança do Aeroporto Internacional Maiquetía, Franco Quintero, “por sua integridade física”.
“Exigimos sua libertação”, continua a mensagem da equipe de Guaidó, que mais de 50 países reconhecem como presidente interino da Venezuela.
Eles explicaram que Márquez estava acompanhando Guaidó em seu retorno à Venezuela após uma viagem internacional de 23 dias.
“Depois da passar pela imigração normalmente, e estando e prestes a partir, Márquez foi contratado para uma suposta revisão do Seniat (Serviço Nacional Integrado de Administração Aduaneira e Tributária)”, acrescentaram as informações.
Depois de passar pelos controles de imigração, Guaidó foi ao saguão de desembarque do aeroporto de Maiquetía, que serve Caracas, onde cerca de 200 apoiadores do chavismo o esperavam e o insultaram até que ele conseguisse chegar ao seu veículo e deixar o local.
“Aproveitando o caos no aeroporto causado pela violência da ditadura, eles seguraram o senhor Márquez”, acrescentou a mensagem do CNC no Twitter.
Finalmente, eles explicaram que vários “membros da família relataram que ele os contatou” e disseram que os funcionários do Seniat “exigiam apenas que ele assinasse alguns papéis para poder sair”.
“A partir desse momento, nunca mais se ouviu falar dele. Denunciamos o desaparecimento forçado e exigimos sua libertação”, concluíram.