Por Agência EFE
Um dos principais líderes da oposição ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela, Juan Guaidó fez nesta quinta-feira (27) um apelo para que lideranças internacionais lutem pela liberdade não apenas em seu país, mas também em outras partes do mundo, como Mianmar, Belarus, Cuba e Nicarágua.
Guaidó recebeu hoje de maneira simbólica, por teleconferência, o 10º Prêmio da Liberdade da Fundação para a Análise e os Estudos Sociais (Faes), concedido pela instituição presidida pelo ex-presidente do governo da Espanha José María Aznar. O evento foi realizado em Madri e teve a presença dos principais representantes do Partido Popular (PP).
“Reitero o meu compromisso com milhões de venezuelanos que estão sofrendo e também com os milhões que estão lutando, com as centenas que estiveram antes, construindo maiorias, crescendo em nossas liberdades em diferença pela opressão gerada por uma ditadura, os presos políticos, os perseguidos, membros hoje da imprensa atacada na Venezuela”, declarou o opositor ao agradecer a honraria.
Guaidó citou o eurodeputado Leopoldo López Gil, presente no evento na capital espanhola. O empresário e ativista venezuelano naturalizado espanhol é pai de Leopoldo López, outro opositor de Maduro e que foi condenado à prisão na Venezuela, mas fugiu do país rumo à Espanha em outubro do ano passado.
“Falo com Leopoldo López pai, que sabe da perseguição, mas também da luta incansável pela liberdade, assim como seu filho Leopoldo e as centenas e milhares de presos políticos perseguidos”, disse Guaidó, que pediu a ajuda do maior número de lideranças possíveis na luta pela liberdade.
“Perseverar pela democracia na Venezuela é também uma tarefa constante de todos os democratas do mundo. Adoraria estar em Madri hoje, em uma recepção amável de seu prefeito (José Luis Martínez-Almeida), de quem lembramos com carinho e com o calor daqueles que lutam pela liberdade, e hoje a casa da liberdade é ratificada de Madri, não apenas da Ibero-América, mas de todos nós que lutamos neste momento por ela em Mianmar, Belarus, Cuba e Nicarágua”, destacou.
O discurso de Guaidó, ex-presidente do Parlamento venezuelano, foi precedido pelo apoio, gravado em vídeo, dos presidentes de Colômbia, Iván Duque, e Equador, Guillermo Lasso, e o do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o uruguaio Luis Almagro.
“Liberdade não é um termo para rotular um prêmio, mas a pedra angular de nossas convicções que dá sentido ao nosso compromisso público”, afirmou José María Aznar, que esteve à frente do governo da Espanha de 1996 a 2004.
“Precisamos de um caminho até a liberdade para recuperar o melhor passado e projetar o melhor futuro da Venezuela, no qual ficará para trás um regime ilegítimo, sentado sobre a repressão e a miséria de seu povo, que busca a retirada daqueles que se opõem”, acrescentou.
Como Guaidó não esteve presente, o prêmio foi recebido por seu representante na Espanha, Antonio Ecarri, e sua representante no exterior, Isadora Zubiaga. Participaram do evento o prefeito de Madri, José Luis Martínez Almeida, a presidente da comunidade autônoma de Madri, Isabel Díaz Ayuso, o presidente do Partido Popular, Pablo Casado, e o escritor e Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa.
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