Por Alberto Peralta
O presidente da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou no domingo a participação de seu governo em uma reunião a ser realizada em Barbados para retomar o diálogo político com o ditador Nicolás Maduro a fim de negociar sua saída.
“Vamos participar de uma reunião com representantes do regime usurpador em Barbados, para estabelecer uma negociação de saída para o ditador”, disse o líder da oposição em um comunicado que ele mesmo divulgou através do Twitter.
O documento lembra que essas abordagens políticas se devem à mediação do governo do Reino da Noruega “para acabar com a tragédia” na Venezuela, país com as maiores reservas comprovadas de petróleo e que o socialismo levou a uma grave crise econômica em que a maioria de seus cidadãos vive na miséria.
Embora Guaidó não tenha especificado se ele próprio participará da reunião com o ditador chavista ou quando será, ele reiterou que usará essas conversas para tentar avançar em seus objetivos: impedir a usurpação presidencial perpetrada por Maduro, estabelecer um governo de transição e realizar eleições livres com aval internacional.
#COMUNICADO: Estamos liderando el trabajo en todos los espacios que nos acerquen a la Libertad.
Tanto en Oslo, como en el Grupo Internacional de Contacto y todos los espacios de presión, nuestro objetivo es el mismo: lograr una solución definitiva a la crisis en nuestro país. https://t.co/bIfNzMJXql
— Juan Guaidó (@jguaido) July 7, 2019
“Os venezuelanos, nossos aliados e as democracias do mundo reconhecem a necessidade de realizar um processo eleitoral verdadeiramente livre e transparente que nos permita superar a crise e construir um futuro produtivo, seguro e com qualidade de vida”, continua a nota.
Guaidó disse também que receberá em Caracas o representante especial da União Europeia para a Venezuela, Enrique Iglesias, que deve chegar amanhã (9) no país caribenho como parte de iniciativas estrangeiras para buscar uma solução pacífica para a crise venezuelana.
Anteriormente, Guaidó havia anunciado que iria promover o Tratado do Rio – um mecanismo de assistência militar estrangeira – para tentar tirar Maduro do poder.
A Venezuela está passando por um pico de tensão política desde janeiro passado, quando Maduro assumiu um novo mandato de seis anos que não é reconhecido pela oposição e pela comunidade internacional porque o ditador chavista foi reeleito em uma disputa em que os principais líderes opositores foram impedidos de participar.