Grupo Wagner diz que ucranianos ganharam posições em Bakhmut após fuga de tropas russas

Por Agência de Notícias
13/05/2023 08:24 Atualizado: 13/05/2023 08:24

O chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, acusou nesta sexta-feira o Ministério da Defesa da Rússia de mentir em seus relatórios de guerra e denunciou que as tropas ucranianas se aproximaram até 500 metros a noroeste de Bakhmut devido à fuga das tropas regulares russas que protegiam aquele flanco.

“Se olharmos para os mapas, o que está acontecendo em Berkhovka significa que o inimigo está se aproximando de Bakhmut e estará a uma distância de 500 metros de Bakhmut, onde ocupará todas as alturas táticas”, disse o chefe do grupo paramilitar, visivelmente abalado, em um vídeo postado em seu canal no Telegram.

Prigozhin comentou o relatório divulgado hoje pelo porta-voz da Defesa, Igor Konashenkov, que afirmou que as tropas russas ocuparam “posições mais favoráveis” perto da barragem de Berkhovskaya, a noroeste da cidade.

Segundo o chefe do grupo paramilitar, “a perda da barragem de Berkhovskaya e desses territórios, que têm 5 quilômetros quadrados, significa que o inimigo liberou a estrada entre Bakhmut e Chasiv Yar que havia sido bloqueada anteriormente como parte do cerco”.

Além disso, os ucranianos poderão “usar esta rota e aproveitar as alturas táticas, de onde Bakhmut parece estar na palma da mão”, disse.

Prigozhin lembrou que o Grupo Wagner participa dos combates em Bakhmut desde 8 de outubro de 2022, e durante esse tempo ocupou praticamente toda a cidade, incluindo os territórios perdidos pelas tropas regulares russas nas últimas horas.

“Agora está ocorrendo o processo inverso: depois que entregamos os flancos, ocorreu uma retirada ‘não’ tática e, por isso, o companheiro Konashenkov, falando claramente, está falsificando a realidade. Houve uma fuga das unidades do Ministério de Defesa pelos flancos”, afirmou.

Depois disso, segundo previu, os ucranianos começarão “o cerco gradual” de Bakhmut.

“Exatamente o que venho alertando há muito tempo. Por esse motivo, o ministro (russo) da Defesa (Sergei Shoigu) e o chefe do Estado-Maior (Valeri Gerasimov) conseguiram com suas ações primeiro reduzir o número das tropas do Wagner para que eles não pudessem segurar os flancos, então eles decidiram que seus valentes soldados poderiam segurar os flancos, mas fugiram”, ironizou.

Prigozhin denunciou que o Ministério da Defesa continua sem dar aos paramilitares “armas ou equipamentos de guerra, com a intenção de que Wagner finalmente saia”, e apesar disso, seus grupos de assalto continuam atacando os últimos redutos ucranianos no oeste da cidade.

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