Por Voice of America
Representantes dos países membros do Grupo de Lima se preparam para participar amanhã (23), na Argentina, da décima quinta reunião para discutir a crise que a Venezuela atravessa.
O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Jorge Faurie, disse que o objetivo deste encontro é continuar exercendo pressão sobre a ditadura de Nicolás Maduro, com a intenção de conseguir que se realizem eleições.
A reunião do Grupo acontece após a apresentação do relatório da Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, que instou o ditador Nicolás Maduro a acabar com o que descreveu como “violações sérias” dos direitos humanos dos venezuelanos.
No relatório apresentado por Bachelet em 5 de julho, também é indicado que na última década “o regime venezuelano e suas instituições lançaram uma estratégia destinada a neutralizar, reprimir e criminalizar a oposição política e aqueles que criticam o governo”.
No evento, que será realizado em Buenos Aires, haverá a participação do embaixador da Venezuela para o Grupo Lima, Julio Borges, além do assessor especial para a Venezuela da União Europeia, Enrique Iglesias.
No domingo, Borges encontrou-se com a diáspora venezuelana na Argentina e observou que “nossa luta é para que todos os que partiram, regressem”.
Na segunda-feira, Julio Borges destacou em sua conta no Twitter que eles seguirão em frente até a saída de Maduro do poder.
El Grupo de Lima se reúne en #Argentina para tomar más medidas que ejerzan presión sobre el régimen de Nicolás Maduro y sus cómplices.
Seguiremos adelante hasta lograr su salida del poder. pic.twitter.com/D5dXmoLC12
— Julio Borges (@JulioBorges) July 22, 2019
Cabe destacar que Iglesias visitou recentemente Caracas e disse estar confiante de que uma solução pacífica para a crise na Venezuela será alcançada.
Pela primeira vez, El Salvador estará presente em uma reunião do Grupo Lima. No domingo, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, elogiou o país centro-americano por declarar que não reconhece o que chamou de “governo corrupto de Maduro” como o governo legítimo da Venezuela.
A reunião do Grupo de Lima se realizará enquanto prosseguem as negociações entre a ditadura de Nicolás Maduro e o governo encarregado de Juan Guaidó.
Também coincide com os seis meses desde que Guaidó foi empossado como presidente encarregado da Venezuela. O presidente encarregado do país sul-americano convocou os venezuelanos para irem às ruas na terça-feira, 23 de julho.