Governo venezuelano instaura campos de trabalho forçado

31/07/2016 13:58 Atualizado: 03/08/2016 12:53

Em seu livro O Caminho da Servidão, F.A. Hayek explicou que, sob um governo socialista voltado para o planejamento centralizado da economia, o seguinte cenário irá ocorrer:

1) Planos estatais serão criados com o intuito de impulsionar a economia.

2) No entanto, por causa da impossibilidade prática de se fazer qualquer planejamento econômico sob um arranjo socialista, todos esses planos inevitavelmente irão fracassar.

3) Ato contínuo, os planejadores econômicos irão responder criando ainda mais planos para “corrigir” os estragos gerados pelos planos anteriores. À medida que estes também inevitavelmente fracassam, os planejadores concedem a si próprios ainda mais poderes para “consertar a economia”, o que significa menos liberdade para os cidadãos e mais opressão do estado.

4) Os planejadores econômicos, consequentemente, vão se tornando cada vez mais ditatoriais, e cada vez mais dispostos a jogar fora todo e qualquer resquício de moralidade. A população é continuamente escravizada, sendo levada para o caminho da servidão.

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O mais recente, e trágico, exemplo prático disso é a democracia socialista da Venezuela. Primeiro, o governo venezuelano arruinou completamente a economia com a adoção de medidas socialistas. A mistura de hiperinflação (gerada pela impressão desmedida de dinheiro), controle de preços e estatizações de fábricas e lojas não apenas não conseguiu gerar oferta abundante de nenhum bem, como, ao contrário, gerou desabastecimento generalizado — as prateleiras das lojas e dos supermercados estão vazias e as pessoas de classe média que antes tinham emprego estão hoje esfomeadas, tendo de literalmente revirar latas de lixo e matar gatos e pombos nas ruas para ter o que comer. (Veja relatos completos e apavorantes aqui)

Agora, para tentar “reverter” a fome a escassez de comida, o governo venezuelano decretou que os cidadãos venezuelanos serão compulsoriamente convocados a trabalhar em fazendas agrícolas estatizadas por pelo menos 60 dias para reverter a fome que vem castigando o país.

A Anistia Internacional declarou que o decreto “equivale a trabalho forçado”. A diretora da AI para as Américas, Erika Guevara-Rosas, afirmou que “tentar abordar a severa falta de alimentos na Venezuela forçando o povo a trabalhar no campo é como tentar curar uma perna quebrada com um curativo”.

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Campos de trabalho forçado são uma das consequências inevitáveis do socialismo.

Vale lembrar que a Venezuela já foi um país rico e com petróleo farto. Hoje, além de ter de importar petróleo (pois sua estatal petrolífera foi saqueada pelo governo, como tende a acontecer com todas as estatais), sua população foi reduzida à total mendicância por causa de seu governo.

Tradução de Leandro Roque