O governo da Venezuela anunciou nesta quinta-feira (27) que, a partir de amanhã, estão proibidas todas as manifestações públicas, que possam interferir ou impedir a eleição dos membros da Assembleia Nacional Constituinte no domingo. Aqueles que não cumprirem a ordem ficarão sujeitos a sanções penais.
“Estão proibidas em todo o território nacional as reuniões e manifestações públicas, concentrações de pessoas e qualquer ato similar que possam perturbar ou afetar o normal desenvolvimento do processo eleitoral”, afirmou o ministro do Interior, Néstor Reverol, em um discurso transmitido em rede nacional de televisão.
“Quem organize, apoie ou instigue a realização de atividades dirigidas a perturbar a organização e o funcionamento do serviço eleitoral ou da vida social do país será punido com prisão de cinco a dez anos”, acrescentou o ministro.
A Mesa da Unidade Democrática (MUD), grupos de partidos que fazem oposição ao governo, declarou que a manifestação que estava prevista para ocorrer nesta sexta em Caracas será estendida a todo o país.
“O regime anunciou que não pode se manifestar. Responderemos com (a) TOMADA DA VENEZUELA amanhã”, declarou a Mesa da Unidade Democrática (MUD) em sua conta do Twitter.
Em outra mensagem, a coalizão opositora disse que “as ruas da Venezuela são do povo, não da ditadura”, e ressaltou que manifestar-se é um direito consagrado na Constituição.
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