As delegações de paz do governo da Colômbia e do Exército de Libertação Nacional (ELN) retomaram as negociações em Caracas, em reunião extraordinária que busca dar fim aos recentes desacordos sobre a cessação ou não da violência, disseram os guerrilheiros à Agência EFE nesta quarta-feira.
Embora a reunião tenha sido anunciada pelo ELN para esta quarta-feira, a fonte confirmou que a sua delegação e sete negociadores do governo do presidente Gustavo Petro, realizaram uma primeira reunião na tarde de terça-feira na capital venezuelana.
Esta reunião extraordinária continuará nesta quarta-feira e espera-se que dure até o fim de semana, quando se espera uma declaração conjunta.
Até agora, a agenda desta reunião é privada, embora se saiba que as delegações se reuniram nesta semana em Caracas para melhorar o clima para a segunda rodada de conversas, inicialmente agendada para fevereiro e que ocorrerá no México.
Ambas as partes confirmaram a sua chegada a Caracas na terça-feira via Twitter. O embaixador da Colômbia na Venezuela, Armando Benedetti, pediu uma “paz real e duradoura”.
Do mesmo modo, a delegação do ELN relatou na mesma rede social que os seus membros estavam “prontos para a reunião” para “superar a crise gerada” pelo cessar-fogo bilateral anunciado por Petro sem consultar a guerrilha.
Segundo o ELN, a declaração de um cessar-fogo bilateral durante seis meses, anunciada em 31 de dezembro, não foi consultada nem acordada nas conversas de Caracas, o que provocou uma crise.
No entanto, o governo assegura que não há crise e que é uma situação que tem de ser superada.
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