A ministra do Interior do Chile, Carolina Tohá, confirmou nesta quarta-feira (23) que o governo invocará a Lei de Segurança do Estado contra os caminhoneiros que estão mobilizados desde segunda-feira com bloqueios em algumas estradas do país.
“O governo decidiu que vai invocar a Lei de Segurança do Estado como corresponde em casos como este e é um fato. Esta decisão foi tomada”, declarou Tohá no Palácio de La Moneda, sede do Executivo chileno.
Pela manhã, o subsecretário do Interior, Manuel Monsalve, já havia afirmado que “o governo vai utilizar todos os instrumentos que o Estado de Direito lhe confere para proteger o normal funcionamento do país”.
Paralelamente, o sindicato de caminhoneiros da Confederação de Transportadores Fuerza del Norte, que iniciou a greve, afirmou que manterá a greve por tempo indeterminado após rejeitar a proposta do governo para encerrar os protestos.
“A mobilização continua até que possamos chegar a um acordo definitivo entre as partes”, disse à imprensa local Cristián Sandoval, líder dos caminhoneiros agrupados na Fuerza del Norte.
Pelo terceiro dia consecutivo, foram registrados bloqueios e retenções em diversas rotas do país causadas por detenções de trânsito realizadas pelos caminhoneiros.
A greve começou na segunda-feira com a Confederação de Transportadores de Fuerza del Norte e a Associação de Proprietários e Motoristas de Caminhões Paine, que reivindicam redução no preço dos combustíveis e maior segurança nas rotas.
No mesmo dia, representantes do sindicato que não aderiram ao protesto reuniram-se com o governo e concordaram com uma redução do preço do diesel, mas o alcance das negociações não foi suficiente para acabar com a mobilização.
Os caminhoneiros, grupo que tem enorme poder de influência no Chile, realizaram vários protestos até agora neste ano, alegando falta de segurança nas rotas. As mobilizações do transporte no Chile têm um impacto grande e direto em sua economia.
Entre para nosso canal do Telegram
Assista também: