Governo argentino vê fracasso em passeata; Sindicato fala em 600 mil participantes

Apesar dos números muito flutuantes, o fato é que, por se tratar de janeiro, mês das férias de verão, as ruas de Buenos Aires estavam longe de ser as de um lugar em greve total, principalmente devido ao funcionamento do transporte público.

Por Agência de Notícias
25/01/2024 10:33 Atualizado: 25/01/2024 10:33

O número de pessoas que participaram de uma passeata em Buenos Aires como parte da greve geral convocada para esta quarta-feira (24) na Argentina pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), a principal confederação sindical do país, foi de 40 mil a 600 mil – dependendo da fonte consultada.

Segundo o governo, houve 40 mil participantes na marcha até a Praza do Congresso, o ponto central da greve geral de meia jornada convocada pela CGT e à qual se juntaram vários sindicatos, partidos políticos e organizações sociais e de direitos humanos.

“Dos 21 milhões de trabalhadores, apenas 0,19% se mobilizaram, se considerarmos La Cámpora e as organizações sociais entre os trabalhadores. 40 mil pessoas. Fracasso total. Mudança a todo vapor”, escreveu a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, em sua conta na rede social X.

Ela postou um vídeo com um formato semelhante ao de uma propaganda de campanha eleitoral, no qual ela caminha pelas ruas do bairro de Flores e conversa com comerciantes que estavam trabalhando.

Já a polícia da cidade de Buenos Aires, uma das responsáveis pelo esquema de segurança da mobilização de hoje, calculou o número de manifestantes em 130 mil, incluindo os que chegaram à Praça do Congresso e os que estavam em ruas próximas.

Por sua vez, os organizadores calcularam que 600 mil pessoas participaram da manifestação na capital e, conforme disseram à EFE, estimaram em 1,5 milhão o total de manifestantes que foram à ruas em todo o país.

Apesar dos números muito flutuantes, o fato é que, por se tratar de janeiro, mês das férias de verão, as ruas de Buenos Aires estavam longe de ser as de um lugar em greve total, principalmente devido ao funcionamento do transporte público.

Embora a greve geral tenha sido convocada para a partir das 12h até a meia-noite (mesmo horário em Brasília), o setor de transportes parou a partir das 19h para permitir que aqueles que quisessem participar da manifestação, o principal evento do dia, pudessem fazê-lo e voltar para casa.

Com muitas lojas abertas e restaurantes movimentados, a quarta-feira parecia qualquer outro dia tranquilo de verão.