Governo argentino anuncia que fará auditoria contra “inimigos da liberdade” após demissão de chanceler

Por Redação Epoch Times Brasil
31/10/2024 16:03 Atualizado: 31/10/2024 16:07

O governo do presidente argentino Javier Milei anunciou na quarta-feira (30) a realização de uma “auditoria” no Ministério das Relações Exteriores, com a finalidade de identificar servidores que promovem “agendas que ameaçam a liberdade”. 

Essa decisão veio na esteira da demissão da chanceler Diana Mondino, que ocorreu após a Argentina votar contra o embargo a Cuba, imposto pelos Estados Unidos.

Em seu comunicado, o gabinete de Milei enfatizou que a Argentina defenderá os princípios de liberdade em todos os fóruns internacionais, embora não tenham sido divulgados detalhes sobre a condução da auditoria. 

O governo ressaltou que o país está passando por profundas mudanças, exigindo que sua diplomacia reflita os valores de liberdade e soberania das democracias ocidentais.

No X, a parlamentar Sabrina Ajmechet demonstrou seu apoio às ações de Milei, afirmando estar “orgulhosa de um governo que não apoia ditadores. Viva Cuba Livre”, uma mensagem que o presidente republicou.

De acordo com o La Nación, a Casa Rosada intensificou a pressão sobre o corpo diplomático após a saída de Mondino. O anúncio da auditoria ocorreu em um momento de mudança no gabinete, com a intenção de transmitir uma mensagem de firmeza ao Palácio de San Martín.

Servidores que apoiam a Agenda 2030 devem deixar seus cargos

O Ministério das Relações Exteriores sob o governo de Milei enfrentava pressão mesmo antes da demissão da chanceler Diana Mondino. Em um comunicado enviado na sexta-feira (18) a embaixadores e altos funcionários do Serviço de Relações Exteriores, o presidente argentino reafirmou a oposição do governo à Agenda 2030 da ONU.

Conforme publicado pelo La Nación, o comunicado destaca que “nenhum funcionário desta administração, nem aqueles que representam a Argentina no exterior, deve acompanhar qualquer projeto, declaração, resolução ou documento que promova violações ao direito à vida, à liberdade e à propriedade; ou tratamento desigual perante a lei”. Aqueles que se opõem a isso, disse ele, devem renunciar aos seus cargos. 

A Agenda 2030 é um compromisso global construído pelos 193 Estados-membro da ONU expresso na Resolução 70 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de setembro de 2015, intitulada “Transformando o Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”.