Por EFE
O Google passará a indicar em seu aplicativo Maps e em seu motor de busca quais clínicas e hospitais realizam abortos nos Estados Unidos, em um momento em que vários estados estão restringindo o acesso a essa prática após uma decisão da Suprema Corte.
Em comunicado, a empresa com sede em Mountain View (Califórnia) explicou que esses locais aparecerão especificamente rotulados como centros onde são realizados abortos quando o usuário procurar por “clínicas de aborto perto de mim”.
Os resultados mostrarão apenas os centros onde o Google recebeu a confirmação de que os abortos são realmente realizados, para não enviar ninguém para um local onde isso não aconteça.
Caso não haja clínicas próximas ao usuário, será sugerido ampliar o raio de busca.
Relatórios publicados recentemente sugerem que as buscas por centros de aborto no Google levaram os usuários a alguns lugares onde foram fornecidas informações falsas sobre esse procedimento, ou mesmo clínicas antiaborto.
Nesta mesma quinta-feira(25), um juiz de Dakota do Norte bloqueou a lei que proibiria o aborto naquele estado do norte dos Estados Unidos, apenas um dia antes de entrar em vigor.
O juiz Bruce Romanick concordou com a clínica de aborto que moveu a ação contra o estado e bloqueou a entrada em vigor da lei enquanto o caso é resolvido, alegando que de outra forma ocorreria “dano significativo” aos querelantes.
Os estados conservadores do Texas, Idaho e Tennessee começaram a implementar nesta quinta-feira leis que proíbem quase completamente o aborto e, em alguns casos, estabelecem punições até mesmo de prisão perpétua para médicos que o praticam.
Trata-se de um novo passo na guerra contra o aborto que vem sendo travada em nível estadual desde que a Suprema Corte dos EUA retirou em junho as proteções federais sobre esse direito, o que já deixou mais de 20,9 milhões de mulheres em idade reprodutiva sem acesso a esse procedimento.
As novas leis não mudam a realidade no Texas, Idaho e Tennessee, que já proibiam o aborto com seis semanas de gravidez e onde a maioria das clínicas deixou de prestar esses serviços após a decisão da Suprema Corte.
No entanto, estabelecem ou aumentam multas e penas de prisão para o pessoal médico, na tentativa de intimidá-los, de acordo com organizações de defesa do aborto.
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