Gonzalez Urrutia descarta pedido de asilo apesar de mandado de prisão, diz advogado

Por Agência de Notícias
04/09/2024 14:31 Atualizado: 04/09/2024 14:31

Edmundo González Urrutia, que foi candidato da Plataforma Unitária Democrática (PUD) e vencedor da eleição de 28 de julho na Venezuela, não planeja pedir asilo em nenhuma embaixada em Caracas, apesar do mandado de prisão emitido contra ele na segunda-feira (04), de acordo com seu advogado, José Vicente Haro.

“De forma alguma o senhor Edmundo González Urrutia solicitou asilo a qualquer embaixada credenciada na Venezuela. Não foi solicitado asilo, (nem) uma situação como hóspede. Essa é uma questão que não foi levantada pela família ou pelo senhor Edmundo”, disse o advogado nesta terça-feira a jornalistas.

Ele reiterou que, “por razões de segurança e proteção de sua vida”, o político opositor “não está em casa” e permanece sob resguardo, como tem acontecido nas últimas semanas, devido às ameaças de prisão contra ele desde que denunciou fraude no pleito de 28 de julho.

Esse resultado é contestado tanto pela oposição quanto por grande parte da comunidade internacional.

Haro garantiu que a esposa do ex-candidato presidencial, Mercedes de González, permanecerá em casa para atender às autoridades, caso seja emitido um mandado de busca e apreensão.

Anteriormente, em declarações à emissora de rádio colombiana W, o advogado destacou que “não há nenhuma lei criminal” ou “disposição legal” ou “nada que torne criminoso publicar na internet as atas de contagem de votos”, em referência aos dados divulgados pela PUD em um site, que, de acordo com a coalizão, provam que González Urrutia foi o verdadeiro vencedor do pleito presidencial com ampla margem sobre Maduro.

É “uma desculpa para realizar uma perseguição política contra ele que é injusta, arbitrária e tem como objetivo neutralizá-lo e impedi-lo de continuar a fazer declarações públicas”, disse o advogado.

Ele ressaltou que o opositor “tem que ir de casa em casa para se proteger”, devido aos “riscos a sua vida e segurança pessoal”.

O Ministério Público venezuelano acusa González Urrutia de “usurpação de funções”, “falsificação de documento público”, “instigação à desobediência das leis”, “conspiração”, “sabotagem de sistemas, danos e associação (criminosa)”.