Por Agência EFE
O cantão de Genebra (Suíça), uma das cidades mais caras do mundo, aplicará uma norma a partir de sábado (17) que obriga os empregadores a pagar um salário mínimo de 23 francos (21 euros) por hora, o que equivale a cerca de 3,7 mil euros (cerca de R$ 24,2 mil) por mês e representa o maior salário mínimo do planeta.
Este salário mínimo, não tão elevado em uma cidade onde o aluguel de um apartamento normal raramente é menor do que 2 mil euros mensais e não há seguridade social, por conta disso, cada pessoa deve ter um seguro de saúde privado que para um homem de meia-idade exceda os 500 euros por mês para benefícios básicos.
O estabelecimento de um salário mínimo por hora foi aprovado em referendo regional no final de setembro e será aplicado somente no cantão de Genebra, onde 80 mil eleitores – 58% dos que foram às urnas -, disseram sim à iniciativa “mínimo de 23 francos”.
Em um país de tradição liberal como a Suíça, apenas Genebra e dois outros cantões dos 26 que o compõem, têm um salário mínimo, e os próprios cidadãos se recusaram a defini-lo em referendos anteriores (2011 e 2014).
Os analistas associaram a mudança de opinião com a situação de crise criada pela pandemia da covid-19.
A cidade, com uma economia altamente dependente do turismo de alto padrão associado aos negócios e à diplomacia internacional, está sempre no topo das listas das cidades mais caras do mundo, muitas vezes competindo com Zurique, Singapura e Hong Kong.
Até agora, o salário mínimo mais alto do mundo era de 12,1 euros por hora para os trabalhadores australianos, o que se traduziria em cerca de 2.180 euros por mês (cerca de R$ 14,3 mil).
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