Os líderes do G7 pediram neste sábado à China que “pressione” o Kremlin para que as tropas russas deixem “de imediato” a Ucrânia e acabem com a guerra naquele país.
“Pedimos à China que pressione a Rússia para que pare sua agressão militar e retire imediatamente, completa e incondicionalmente suas tropas da Ucrânia”, disseram os líderes do G7 no comunicado final conjunto de sua cúpula, que está sendo realizada na cidade de Hiroshima, no Japão.
Além disso, o Grupo dos Sete “encorajou” a China a apoiar uma paz “completa, justa e duradoura” na Ucrânia baseada na integridade territorial e nos princípios contidos na carta fundadora das Nações Unidas.
Essa paz, acrescentou o comunicado, deve ocorrer “em diálogo direto” com a Ucrânia.
A China propôs um plano de paz bastante ambíguo, que ganhou o apoio de Moscou, pois, embora defenda a integridade territorial dos países, em nenhum momento faz alusão à anexação russa de quatro regiões ucranianas ou à retirada das tropas russas do país vizinho.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apresentou o seu próprio plano de paz que estabelece como condições para acabar a guerra, o restabelecimento completo da integridade territorial de seu país e um acordo internacional com garantias de segurança para o futuro.
Em seu comunicado, os líderes do G7 reiteraram seu apoio ao plano de Zelensky e incluíram uma das frases mais repetidas em suas comunicações conjuntas: “Reafirmamos nosso apoio inabalável à Ucrânia pelo tempo que for necessário para alcançar uma paz abrangente, justa e duradoura”.
Além da China, outro ponto de destaque do comunicado conjunto sobre a Ucrânia se refere ao papel que o Irã desempenhou na guerra ao enviar armas para a Rússia.
Especificamente, o G7 expressou “grave preocupação” com as ações “desestabilizadoras” do Irã, especialmente a transferência para a Rússia de drones armados que foram usados na guerra na Ucrânia para realizar ataques contra civis e contra a infraestrutura ucraniana, como a rede elétrica.
Membros do grupo anunciaram uma nova rodada de sanções ontem para fazer a Rússia pagar pela guerra na Ucrânia e cortar suas vias para financiar a invasão.
Esta nova onda de sanções foi liderada por Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, que ontem detalharam as suas novas medidas de pressão coincidindo com a declaração conjunta, enquanto os países membros da UE (Alemanha, França e Itália) preparam um novo pacote de sanções coordenadas dentro dos 27, e o Japão planeja anunciar medidas semelhantes em um futuro próximo.
Entre para nosso canal do Telegram
Assista também: