G-7 adverte Rússia sobre ‘consequências massivas’ da agressão à Ucrânia

'Qualquer uso da força para mudar as fronteiras é estritamente proibido pelo direito internacional', afirmam ministros do G-7

13/12/2021 10:55 Atualizado: 13/12/2021 10:55

Por Alexander Zhang

O Grupo dos Sete (G-7) principais países industrializados alertou a Rússia, no dia 12 de dezembro, que qualquer invasão à Ucrânia teria “consequências massivas” e incorreria em “um custo severo”.

Em um comunicado divulgado após uma cúpula de dois dias realizada na cidade inglesa de Liverpool, os ministros das Relações Exteriores do G-7 afirmaram que estavam “unidos em [sua] condenação da escalada militar russa e da retórica agressiva em relação à Ucrânia”.

Militares ucranianos participam do ensaio de uma cerimônia oficial de entrega de tanques, veículos blindados e veículos militares às Forças Armadas ucranianas, enquanto o país celebra o Dia do Exército em Kiev, na Ucrânia, no dia 6 de dezembro de 2021 (Gleb Garanich / Reuters)
Militares ucranianos participam do ensaio de uma cerimônia oficial de entrega de tanques, veículos blindados e veículos militares às Forças Armadas ucranianas, enquanto o país celebra o Dia do Exército em Kiev, na Ucrânia, no dia 6 de dezembro de 2021 (Gleb Garanich / Reuters)

Os chefes de política externa dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e União Europeia requisitaram à Rússia que reduza, busque os canais diplomáticos e cumpra seus compromissos internacionais de transparência nas atividades militares”.

“Qualquer uso da força para mudar as fronteiras é estritamente proibido pelo direito internacional”, afirmaram eles. “A Rússia não deve ter dúvidas de que novas agressões militares contra a Ucrânia teriam consequências massivas e graves custos de resposta”.

“Reafirmamos nosso compromisso inabalável com a soberania e integridade territorial da Ucrânia, bem como o direito de qualquer Estado soberano de determinar seu próprio futuro.”

Anteriormente, a secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, afirmou em uma entrevista coletiva que os aliados do G-7 “enviaram uma mensagem muito clara e unida ao [presidente russo] Vladimir Putin”.

Truss relatou que o Reino Unido está considerando “todas as opções”, incluindo sanções econômicas em resposta à potencial agressão russa.

“Quando o Reino Unido quis enviar mensagens claras e atingir objetivos claros, estávamos preparados para usar sanções econômicas. Portanto, estamos considerando todas as opções”, declarou ela aos repórteres.

O aviso surge em meio a tensões crescentes sobre o aumento de tropas russas na fronteira com a Ucrânia, o que é visto como um sinal de uma invasão em potencial.

Autoridades ucranianas estimam que mais de 90.000 soldados russos estão se concentrando perto da fronteira da Crimeia ocupada pela Rússia e afirmam acreditar que um ataque é iminente. Eles pediram ajuda aos Estados Unidos e a outros países para defender as fronteiras do país.

A Ucrânia fazia parte da União Soviética antes de tornar-se um país independente, em 1991.

Os países ocidentais vêem a Ucrânia como um baluarte contra a Rússia, que nutre ambições por maior controle territorial. A Rússia conquistou a Crimeia em 2014, quando o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, estava no cargo.

Truss também afirmou que o G-7 está preocupado com as “políticas econômicas coercitivas” da China em todo o mundo.

“Deixamos claro na reunião deste fim de semana que estamos preocupados com as políticas econômicas coercitivas da China”, afirmou ela. “E o que queremos fazer é aumentar o alcance do investimento, o alcance econômico do comércio de democracias com ideias semelhantes e amantes da liberdade”.

Falando sobre a questão nuclear do Irã, Truss alertou o regime islâmico que as negociações em andamento com as potências mundiais em Viena são “a última chance para o Irã vir à mesa de negociações com uma resolução séria para esta questão”.

Ela reiterou que a comunidade internacional “não permitirá que o Irã adquira uma arma nuclear”.

Zachary Stieber, Reuters e PA contribuíram para esta repostagem.

Entre para nosso canal do Telegram

Assista também: