Por Alexander Zhang
O Grupo dos Sete (G-7) principais países industrializados alertou a Rússia, no dia 12 de dezembro, que qualquer invasão à Ucrânia teria “consequências massivas” e incorreria em “um custo severo”.
Em um comunicado divulgado após uma cúpula de dois dias realizada na cidade inglesa de Liverpool, os ministros das Relações Exteriores do G-7 afirmaram que estavam “unidos em [sua] condenação da escalada militar russa e da retórica agressiva em relação à Ucrânia”.
Os chefes de política externa dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e União Europeia requisitaram à Rússia que reduza, busque os canais diplomáticos e cumpra seus compromissos internacionais de transparência nas atividades militares”.
“Qualquer uso da força para mudar as fronteiras é estritamente proibido pelo direito internacional”, afirmaram eles. “A Rússia não deve ter dúvidas de que novas agressões militares contra a Ucrânia teriam consequências massivas e graves custos de resposta”.
“Reafirmamos nosso compromisso inabalável com a soberania e integridade territorial da Ucrânia, bem como o direito de qualquer Estado soberano de determinar seu próprio futuro.”
Anteriormente, a secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, afirmou em uma entrevista coletiva que os aliados do G-7 “enviaram uma mensagem muito clara e unida ao [presidente russo] Vladimir Putin”.
Truss relatou que o Reino Unido está considerando “todas as opções”, incluindo sanções econômicas em resposta à potencial agressão russa.
“Quando o Reino Unido quis enviar mensagens claras e atingir objetivos claros, estávamos preparados para usar sanções econômicas. Portanto, estamos considerando todas as opções”, declarou ela aos repórteres.
O aviso surge em meio a tensões crescentes sobre o aumento de tropas russas na fronteira com a Ucrânia, o que é visto como um sinal de uma invasão em potencial.
Autoridades ucranianas estimam que mais de 90.000 soldados russos estão se concentrando perto da fronteira da Crimeia ocupada pela Rússia e afirmam acreditar que um ataque é iminente. Eles pediram ajuda aos Estados Unidos e a outros países para defender as fronteiras do país.
A Ucrânia fazia parte da União Soviética antes de tornar-se um país independente, em 1991.
Os países ocidentais vêem a Ucrânia como um baluarte contra a Rússia, que nutre ambições por maior controle territorial. A Rússia conquistou a Crimeia em 2014, quando o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, estava no cargo.
Truss também afirmou que o G-7 está preocupado com as “políticas econômicas coercitivas” da China em todo o mundo.
“Deixamos claro na reunião deste fim de semana que estamos preocupados com as políticas econômicas coercitivas da China”, afirmou ela. “E o que queremos fazer é aumentar o alcance do investimento, o alcance econômico do comércio de democracias com ideias semelhantes e amantes da liberdade”.
Falando sobre a questão nuclear do Irã, Truss alertou o regime islâmico que as negociações em andamento com as potências mundiais em Viena são “a última chance para o Irã vir à mesa de negociações com uma resolução séria para esta questão”.
Ela reiterou que a comunidade internacional “não permitirá que o Irã adquira uma arma nuclear”.
Zachary Stieber, Reuters e PA contribuíram para esta repostagem.
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