Por Annie Wu, Epoch Times
Durante recente visita de funcionários norte-americanos a Taiwan, representantes dos dois países reiteraram seu compromisso com a aliança EUA-Taiwan, enfatizando a importância do relacionamento para manter a estabilidade na região Ásia-Indo-Pacífico.
A visita ocorreu em meio ao aumento das tensões entre a China e Taiwan.
Quando o Partido Nacionalista Chinês (Kuomintang) fugiu da China Continental para a ilha de Taiwan depois que o Partido Comunista Chinês (PCC) assumiu o poder em 1949, estabeleceu ali a República chinesa. Atualmente, Taiwan atua independentemente da China continental. No entanto, o regime comunista chinês ainda reivindica soberania sobre a ilha, considerando-a como uma província separada.
Depois que Tsai Ing-wen foi eleita presidente de Taiwan em 2016, as relações entre Pequim e Taiwan tornaram-se tensas. Tsai Ing-wen e o Partido Democrático Progressista que ela lidera não reconhecem a política de “uma única China” de Pequim e, em geral, são mais céticos quanto às intenções do regime chinês. Nos últimos meses, Pequim também intensificou exercícios militares perto de Taiwan, somando pressão às hostilidades.
Neste contexto, o senador norte-americano James Inhofe, co-presidente do Comitê do Congresso para Taiwan, liderou uma delegação de 19 parlamentares e assessores do Congresso dos Estados Unidos para discutir as parcerias entre os dois países, bem como também a segurança regional.
No dia 21 de fevereiro, em uma conferência de imprensa, Inhofe reiterou a importância de Taiwan para a estratégia norte-americana no Indo-Pacífico, observando que o relacionamento é recíproco e não diminuiu, de acordo com a Agência Central de Notícias de Taiwan.
“Poderíamos dizer que somos o seu melhor parceiro e você também é nosso melhor parceiro”, disse Inhofe.
A presidente de Taiwan, Tsai Ing-Wen, disse que espera trabalhar com os Estados Unidos para manter um “Indo-Pacífico livre e aberto”, acrescentando que os dois países são uma boa associação porque “todos acreditamos que a liberdade e os direitos humanos são fatores essenciais para manter a estabilidade, a paz e a prosperidade da região”.
“Enquanto ambos os lados mantiverem juntos esses valores, o relacionamento Taiwan-Estados Unidos não será facilmente violado”, disse a presidente.
Inhofe acrescentou que os Estados Unidos continuarão vendendo armas à ilha e destacou que muitos fabricantes norte-americanos estão interessados em negociar um acordo. O regime chinês se opõe continuamente à venda de armas dos Estados Unidos a Taiwan. O recente acordo de armamento de 1,42 bilhão de dólares anunciado em junho de 2017 provocou a ira de Pequim.
O senador norte-americano Michael Rounds também disse que os Estados Unidos pretendem continuar sua aliança com Taiwan, o que inclui o fornecimento de equipamentos e treinamento.
Embora ambos os lados não tenham explicado em detalhes as questões específicas que discutiram, Inhofe disse que a delegação falou sobre a possibilidade de um acordo comercial que envolva exportações de gás natural dos Estados Unidos e também de produtos agrícolas como milho, trigo e soja.
A delegação esteve em Taiwan de 20 a 22 de fevereiro deste ano.