O governo do Chile anunciou que recebeu mais quatro pedidos de asilo de atletas de Cuba, elevando para dez o número de esportistas desse país – além de um membro da delegação – que decidiram não retornar para o país natal após participarem dos 19º Jogos Pan-Americanos.
“Esta manhã, o Serviço Nacional de Migração recebeu novos pedidos de asilo de atletas cubanos. O governo analisará essas solicitações com a melhor disposição e rapidez”, disse hoje a ministra do Interior chilena, Carolina Tohá, sem especificar o número de solicitações.
Consultadas pela Agência EFE, fontes oficiais asseguraram que quatro atletas foram de manhã ao escritório de migração para iniciar o processo.
Em meio à crescente controvérsia, a rádio local Bio Bio anunciou que os atletas começarão a treinar em instalações esportivas no bairro de Lo Barnechea, um dos municípios mais ricos da região metropolitana da capital, graças a uma iniciativa de seu prefeito, o conservador Cristobal Lira.
“Enquanto esperam resolver sua situação migratória depois de pedir refúgio em nosso país, os dez atletas cubanos que ficaram no Chile estão realizando sua primeira sessão de treinamento físico, depois de receberem um convite do prefeito de Lo Barnechea”, disse a emissora de rádio.
O grupo de atletas já formalizou sua intenção de receber asilo político no Chile perante o Serviço Nacional de Migração.
A ministra do Interior se reuniu com o presidente do Senado, José Antonio Coloma, de ultradireita, que pediu a Tohá para “conceder asilo a esses atletas cubanos o mais rápido possível, porque todos ficam comovidos com seu depoimento”.
“Há um cumprimento muito claro das razões pelas quais nosso país dá asilo, que é a falta de liberdades, o medo de voltar ao país, que até reteve seus passaportes para evitar essa questão”, disse Coloma sobre os atletas, cujos vistos de permanência no Chile expiram até sábado.
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