Foro de São Paulo: Petro diz que negociações de Maduro com oposição serão retomadas em dois dias

Por efe e renato pernambucano
24/11/2022 12:45 Atualizado: 24/11/2022 12:45

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou nesta quarta-feira (23) que as negociações entre o regime do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e a oposição serão retomadas na próxima sexta-feira.

“Nos dias 25 e 26 de novembro, os diálogos entre o governo de Maduro e a oposição venezuelana serão reiniciados”, escreveu o chefe de Estado colombiano no Twitter, sem dar detalhes.

O diálogo, que acontecia desde agosto de 2021 no México, foi suspenso três meses depois por uma decisão oficial, em protesto pela extradição do empresário colombiano Álex Saab – suposto testa-de-ferro de Maduro – para os Estados Unidos.

O presidente colombiano participou de conversas anteriores realizadas há algumas semanas em Paris, no Fórum Mundial da Paz, que também contou com a presença dos presidentes da Argentina, Alberto Fernández, e da França, Emmanuel Macron.

Também participaram o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Álvaro Leyva Durán; a chanceler norueguesa, Anniken Huitfeldt; o chefe da delegação venezuelana para o diálogo, Jorge Rodríguez, e o representante da oposição, Gerardo Blyde.

Após essa reunião em Paris, Petro disse que o desbloqueio da Venezuela e uma anistia geral para as eleições que poderiam ser realizadas em 2024 seriam fundamentais para revitalizar a mesa de diálogo.

Desde que Petro se tornou presidente da Colômbia, a relação com a Venezuela mudou e os dois países reataram as relações diplomáticas rompidas em fevereiro de 2019.

Na segunda-feira passada, o governo colombiano e a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) instalaram uma mesa de diálogo, em Caracas, para retomar as negociações de paz que estavam suspensas há quatro anos e quatro meses.

Nesta nova etapa de negociações, Cuba e Noruega voltam a ser países fiadores junto com a Venezuela, que desempenha um papel crucial por sua proximidade com a Colômbia e porque membros da guerrilha se refugiam em seu território há anos, segundo as autoridades colombianas.

 

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