Foro de Madri “espera” vitória de Trump e adverte sobre “duro golpe” caso Kamala ganhe

Por Verônica Dalto e efe
06/09/2024 21:19 Atualizado: 06/09/2024 21:19
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

A declaração do Terceiro Encontro Regional do Foro de Madri, que terminou nesta sexta-feira (06) em Buenos Aires, “espera” a vitória do ex-presidente republicano dos Estados Unidos Donald Trump nas eleições de novembro e advertiu sobre um “duro golpe” em caso de vitória da atual vice-presidente, a democrata Kamala Harris.

O Foro de Madri, uma iniciativa da Fundação Disenso, um think-tank do partido de direita espanhol Vox, reuniu forças de 15 países da América Latina e da Europa que se opõem ao socialismo e defendem a liberdade, em Buenos Aires, na quinta e sexta-feira, dando sequência às edições de Bogotá (2022) e Lima (2023).

Após os discursos do dia anterior do presidente argentino, Javier Milei, e do presidente do Vox, Santiago Abascal, houve diferentes painéis, assim como um discurso do ex-candidato presidencial chileno José Antonio Kast, e a declaração final do encontro foi tornada pública.

“Esperamos a vitória de Donald Trump nas eleições americanas de novembro próximo” foi um dos sete pontos do documento final do Foro de Madri, lido por Abascal, no palco do Palacio Libertad, que arrancou uma salva de palmas.

“Uma vitória de Kamala Harris seria um duro golpe para o hemisfério ocidental e para as liberdades, devido à sua ideologia filo-socialista, seus vínculos com a esquerda radical e sua vontade de limitar a liberdade de expressão”, disse o líder de direita espanhol.

A declaração proclamou que “a Ibero-América, uma reserva moral e cultural colossal do Ocidente, está recuperando gradualmente a democracia e o estado de direito, está afastando o socialismo do século 21 e está emergindo como uma região onde a liberdade, o desenvolvimento e a prosperidade acabarão prevalecendo”.

E deu como exemplo o caso da Argentina sob o governo de Milei, que, desde que assumiu o cargo em 10 de dezembro de 2023, “deu uma lição sobre como reativar a economia e devolver o poder ao povo, sequestrado por décadas pelas formações políticas de miséria e resignação”.

“Reafirmamos a vontade de continuar a implacável batalha cultural para defender o Ocidente contra o marxismo cultural destrutivo e a engenharia social totalitária em todas as suas manifestações, seja o wokismo, o progressismo ou o socialismo de qualquer tipo”, acrescentou.

O texto final do encontro reiterou seu apoio à oposição venezuelana e afirmou que seus membros não descansarão “até que a decisão do povo venezuelano, expressa maciçamente nas eleições de 28 de julho, seja respeitada pelo regime ditatorial de Nicolás Maduro”, ao mesmo tempo em que rejeitou “a ambiguidade dos governos e organizações supranacionais que não reconhecem Edmundo González Urrutia como presidente eleito”, especialmente “a UE e o governo espanhol”.

Em outro ponto, o documento denunciou “os vínculos do Foro de São Paulo, do Grupo Puebla e da Internacional Progressista com o crime organizado” e “seus métodos para destruir as democracias do poder”, e Abascal chamou de “cúmplices” os presidentes Luíz Inácio Lula da Silva (Brasil), Gustavo Petro (Colômbia), Andrés Manuel López Obrador (México), Xiomara Castro (Honduras), Gabriel Boric (Chile) e Pedro Sánchez (Espanha).

“Continuaremos acompanhando as lutas dos povos subjugados pelos regimes totalitários de Bolívia, Cuba e Nicarágua”, ressaltou.

O encontro também rejeitou “a penetração da América Latina e da Europa por poderes totalitários e inimigos do Ocidente, como Irã, China e Rússia” e afirmou que a Ucrânia “tem o direito e o dever de se defender”.

A declaração final lembrou “o povo de Israel e seu direito de se defender” e expressou sua “solidariedade e apoio” a ele.

Além disso, denunciou a “colaboração dos membros do Foro de São Paulo, do Grupo de Puebla e da Internacional Progressista com o terrorismo” e condenou a “equidistância demonstrada pelos órgãos supranacionais entre o terrorismo de Hamas, Hezbollah e Irã, por um lado, e a democracia de Israel, por outro”.