A usina nuclear Zaporizhzhia, na Ucrânia, recuperou o fornecimento de energia elétrica externa para seus sistemas de segurança, que foi perdida por um bombardeio, divulgou neste sábado a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
“Os repetidos cortes de energia demonstram, com muita clareza, a gravíssima situação de segurança e proteção nuclear que é enfrentada por essa importante central nuclear”, afirmou Rafael Grossi, diretor-geral da agência da ONU, em comunicado.
O argentino indicou que, “até agora”, os funcionários da usina consideram manter em segurança os seis reatores da instalação, a maior da Europa.
“Não pode continuar assim”, alertou Grossi, em referência às repetidas interrupções no fornecimento de energia elétrica devido a explosões e bombardeios, que obrigam a recorrer a geradores de reserva para a manutenção dos serviços essenciais, como a refrigeração dos reatores.
O argentino lembrou que está há meses cobrando que seja estabelecida uma área de proteção de segurança no entorno da usina de Zaporizhzhia, “para evitar um acidente nuclear”.
“Não podemos nos permitir perder mais tempo. Devemos atuar antes de que seja tarde demais”, disse o diretor-geral da AIEA.
A usina de Zaporizhzhia perdeu novamente todo o fornecimento de energia elétrica externo na última quarta-feira, devido bombardeios, pelos quais Ucrânia e Rússia se acusam mutuamente.
Ontem à noite, técnicos ucranianos da central, ocupada e dirigida pela Rússia, conseguiram reestabelecer o abastecimento com duas fontes externas, desativando os geradores a diesel que estavam alimentando os sistemas da central.
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