Por Agência EFE
As Forças Armadas da Índia informaram nesta quinta-feira (28) que estão preparadas para responder a qualquer provocação do Paquistão, um tom que não diminui a tensão em meio a uma escalada militar que nos últimos dias levou ambos os países a bombardearem-se mutuamente e a derrubar caças.
“Quero garantir à nação que estamos completamente preparados para responder a qualquer provocação do Paquistão”, disse o general Surendra Singh Mahal, em entrevista coletiva dos três braços das Forças Armadas indianas.
De acordo com ele, a Aeronáutica está em alerta máximo em toda a Linha de Controle (fronteira prática da Caxemira) e em vários pontos da Fronteira Internacional (divisória ao sul de Caxemira). Sobre a incursão de caças paquistaneses no espaço aéreo indiano ontem, ele disse que as aeronaves tentaram atacar alvos militares do seu país, mas o Paquistão afirmou que só lançou projéteis em áreas descampadas para mostrar a sua capacidade armamentista.
Segundo Mahal, os alvos dos paquistaneses eram dois centros de comando, alguns sistemas de defesa e um imóvel, mas as ações foram impedidas. O Paquistão mantém que os supostos bombardeios foram efetuados do seu lado da fronteira, mas o marechal paquistanês R.G.K. Kapur admitiu que os seus aviões de combate “violaram o espaço aéreo indiano” sem causar danos às instalações militares.
Os bombardeios paquistaneses foram uma resposta à ação de caças indianos na terça-feira para atacar um acampamento do grupo terrorista Jaish-e-Mohammed (JeM) em território paquistanês. O Paquistão afirma que as bombas caíram em lugares abertos e não causaram danos.
A entrevista coletiva de Mahal foi dada menos de duas horas depois de o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, anunciar que como “gesto de paz” vai soltar amanhã o piloto indiano capturado ontem.
De acordo com o contra-almirante indiano Dalbir Singh, eles darão uma resposta “firme, rápida e forte” quando for necessário.
“As Forças Armadas estão prontas para dissuadir, evitar e impedir que o Paquistão exerça o domínio marítimo”, manifestou.