Forças de Defesa de Israel afirmam ter matado porta-voz do Hezbollah em ataque aéreo em Beirute

O alto operacional "exerceu influência significativa" nas operações militares do grupo terrorista e "incitou" ataques, afirmou as Forças de Defesa de Israel.

Por Aldgra Fredly
18/11/2024 22:04 Atualizado: 18/11/2024 22:04
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

O principal porta-voz do Hezbollah foi morto em um recente ataque aéreo em Beirute, capital do Líbano, informou as Forças de Defesa de Israel (FDI) na segunda-feira.

As FDI afirmaram que sua força aérea realizou um “ataque preciso usando informações da inteligência” no dia 17 de novembro, matando Mohammed Afif, identificado como o principal porta-voz e alto operacional militar do grupo terrorista apoiado pelo Irã.

O Hezbollah, com sede no Líbano, também confirmou que Afif foi morto num ataque aéreo israelense, de acordo com uma declaração veiculada pelo meio de comunicação do Hezbollah.

As FDI disseram que Afif “exercia influência significativa” nas operações militares do Hezbollah, dizendo que ele “glorificou” e “incitou” ataques terroristas contra Israel através de suas mensagens na mídia libanesa.

Afif recebeu ordens de comandantes militares seniores do Hezbollah sobre o envolvimento do grupo no ataque de drones, em 19 de outubro, contra a casa do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em Cesareia, Israel, informou as Forças de Defesa de Israel (FDI).

O líder israelense e sua família não estavam em casa durante o ataque, cuja responsabilidade foi assumida pelo Hezbollah.

De acordo com as FDI, Afif também foi responsável por “numerosas operações de terror psicológico” contra o povo israelense. Afirmou-se que Afif havia ingressado no grupo terrorista na década de 1980.

\wNão está claro exatamente onde Afif foi morto. O Ministério da Saúde do Líbano informou que pelo menos quatro pessoas morreram em um ataque aéreo israelense em Ras al-Naba’a, em Beirute, no domingo.

As FDI realizaram outro ataque aéreo na Rua Mar Elias, também em Beirute, matando pelo menos duas pessoas e ferindo outras 20, segundo o ministério.

As forças armadas israelenses disseram que, em 16 de novembro, sua força aérea atacou “alvos terroristas do Hezbollah” em Dahieh, uma fortaleza do grupo em Beirute, e alertaram os moradores para deixarem a área antes do ataque.

Além disso, as FDI afirmaram que desmantelaram um estoque de foguetes e 15 lançadores usados pelo Hezbollah para realizar ataques contra Israel durante uma operação no sul do Líbano na última semana.

Enquanto isso, o exército libanês declarou na plataforma X que dois de seus soldados foram mortos em um ataque aéreo israelense que teve como alvo o exército na cidade de Al-Mari, no sul do Líbano, no domingo.

Sinalizadores detectados na casa de Netanyahu

A Polícia Israelense informou no domingo que seus agentes detectaram dois sinalizadores disparados perto da residência do primeiro-ministro de Israel, em Cesareia, por volta das 19h30, horário local, no dia 17 de novembro.

Netanyahu e sua família não estavam na residência no momento, conforme um comunicado da polícia.

A polícia afirmou que uma investigação conjunta com o Serviço Geral de Segurança foi iniciada, alertando que o incidente representava “uma perigosa escalada”. Até agora, ninguém assumiu a responsabilidade pelo ataque.

Em um gesto de apoio ao Hamas após os ataques de 7 de outubro de 2023 contra Israel, e após os ataques retaliatórios de Israel em Gaza no mesmo dia, o Hezbollah começou a disparar foguetes diariamente contra o norte de Israel, violando resoluções de segurança da ONU.

Isso forçou muitos moradores do norte de Israel a se deslocarem para o centro do país. O conflito entre Israel e Hezbollah evoluiu para uma guerra total no final de setembro.

Israel lançou sua operação militar em Gaza depois que o Hamas realizou o ataque de 2023, no qual mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 feitas reféns.

O Departamento de Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, declarou que a ofensiva terrestre de Israel em Gaza resultou em mais de 43.800 mortes até o momento.