Forças Armadas do Equador dizem que não vão recuar ou negociar com terroristas

Por Agência de Notícias
10/01/2024 01:17 Atualizado: 10/01/2024 01:17

O chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas do Equador, Jaime Vela, disse nesta terça-feira que elas não vão recuar ou negociar com grupos que buscam incutir terror na população, ao final de uma reunião do conselho de segurança nacional comandada pelo presidente do país, Daniel Noboa.

O Equador vive momentos de grande tensão após um ataque de homens armados à emissora de televisão TC em Guayaquil, que terminou com a prisão de pelo menos 13 criminosos e a libertação dos funcionários que eram mantidos reféns.

Além disso, ao menos oito pessoas foram mortas e outras duas ficaram feridas em vários ataques armados ocorridos em diversas partes da cidade, como confirmou o prefeito, Aquiles Álvarez.

O chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas fez um pronunciamento na noite de terça-feira no Palácio Carondelet, sede do Executivo, juntamente com o secretário de Administração Pública, a ministra de Governo e Interior, o ministro da Defesa Nacional e o comandante-geral da Polícia Nacional.

“Os eventos de hoje são prova de que as ações e decisões tomadas pelo governo nacional afetaram seriamente as estruturas criminosas e, em resposta, desencadearam uma onda de violência para aterrorizar a população”, disse Vela.

“Eles cometeram atos sangrentos sem precedentes na história da nação, mas, apesar de sua brutal maldade, essa tentativa fracassará”, acrescentou.

Ainda segundo Vela, Noboa, por meio de um decreto executivo, decidiu que “todo grupo terrorista identificado nesse documento tornou-se um alvo militar”.

“Não recuaremos, nem negociaremos. O bem, a justiça e a ordem não podem pedir permissão ou abaixar a cabeça para os terroristas”, declarou.

Noboa decretou a existência de um “conflito armado interno” no país e ordenou que as Forças Armadas entrassem em ação.

Nesse decreto, o presidente disse que identificou grupos do crime organizado transnacional “como organizadores terroristas e atores não estatais beligerantes”.