Forbes informa sobre a extração forçada de órgãos na China

A reportagem afirma que a questão da extração forçada de órgãos ganhou alguma atenção no Parlamento Europeu, nos Estados Unidos, no Canadá, no Reino Unido e em muitos outros países

27/03/2019 14:30 Atualizado: 27/03/2019 14:30

Por Minghui.org

A Forbes publicou uma reportagem intitulada “Will We Get To The Bottom Of The Truth On Forced Organ Removal In China?” (“Nós chegaremos à raiz da verdade sobre a extração forçada de órgãos na China?”), escrita por Ewelina U. Ochab, em 21 de março de 2019.

O artigo da Forbes começou por mencionar o Dia Internacional do Direito à Verdade sobre as Violações dos Direitos Humanos e a Dignidade das Vítimas, da Organização das Nações Unidas (ONU).

A autora passou a descrever a extração forçada de órgãos sancionada pelo Partido Comunista Chinês (PCC) a partir de prisioneiros de consciência vivos: “Nos últimos anos, vários investigadores (incluindo advogados e pesquisadores) levantaram a questão da extração forçada de órgãos na China, [ou seja] a prática ilegal de remover órgãos de indivíduos, sem o consentimento deles”.

Ela continuou: “Apesar da China argumentar que há aproximadamente 10 mil transplantes de órgãos sendo conduzidos na China por ano, todos de acordo com a lei, os pesquisadores sugerem que isso está longe de ser verdade. De fato, os pesquisadores indicam que os números desses transplantes estão próximos de entre 60 mil a 100 mil por ano, significativamente mais altos do que a estimativa oficial chinesa”.

Os perpetradores deste crime são funcionários do PCC, atuando em colaboração com cirurgiões, autoridades prisionais e oficiais militares.

Os pesquisadores internacionais descobriram que a maioria dos órgãos foi obtida através da extração ilegal forçada de órgãos de prisioneiros de consciência, incluindo o Falun Gong, budistas tibetanos, uigures e cristãos.

Os prisioneiros de consciência morrem pela remoção forçada de seus órgãos, ou, mais precisamente, são mortos no processo.

A extração forçada de órgãos está ganhando atenção de muitos países

A reportagem afirma que a questão da extração forçada de órgãos ganhou alguma atenção no Parlamento Europeu, nos Estados Unidos, no Canadá, no Reino Unido e em muitos outros países. Um dos desafios mais significativos é a falta de evidências, pois as vítimas da remoção forçada de órgãos são cremadas ao final.

A reportagem afirmou ainda que o Tribunal da China, um tribunal popular independente, começou a investigar a questão da remoção forçada de órgãos na China. O tribunal ouviu várias testemunhas, que forneceram elementos importantes sobre esse processo.

Em busca de testemunhas e evidências

Uma praticante do Falun Gong que foi presa e torturada durante vários anos na China disse: “Todos os praticantes do Falun Gong passaram por um check-up médico e tiveram seu sangue avaliado. Mesmo aqueles que desenvolveram distúrbios mentais não estavam isentos [desta avaliação de sangue]”.

“Outros prisioneiros não praticantes do Falun Gong não precisaram passar por isso. Naquela época eu já sabia que os check-ups médicos não eram para [verificar] a nossa saúde. Após os exames, descobri que alguns praticantes haviam desaparecido. Eu desconhecia seu paradeiro… Eu nunca fiquei sabendo da transferência dos praticantes.”

“Eu entendi o motivo desses exames médicos depois que ouvi que o PCC extrai órgãos de praticantes vivos do Falun Gong. Então entendi a profundidade da mentira deles.”

O artigo passou a dizer que esta não é uma declaração isolada, e que exames médicos semelhantes foram testemunhados por outros praticantes do Falun Gong.

O Tribunal da China está à procura de mais testemunhas e provas, e planeja entregar seu julgamento final em junho.

A reportagem afirma que os parlamentares do Reino Unido também tomaram medidas com base em informações sobre o assunto e instam o governo do Reino Unido a tomar medidas a respeito desse assunto e investigar o tema.

Espera-se que “o trabalho realizado pelo Tribunal da China e pelos Parlamentares do Reino Unido possa esclarecer mais sobre a situação dos prisioneiros de consciência na China e, dessa maneira, honrar a memória das vítimas”.

A reportagem conclui: “… pela dignidade das vítimas, desde o passado até o futuro, devemos investigar e buscar a verdade com o objetivo final de impedir tais violações graves dos direitos humanos”.