O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera essencial que a China não volte atrás em sua política de abertura e de fim das restrições de “COVID-zero” para que o país se recupere economicamente e ajude o crescimento global.
“O mais importante é que a China mantenha o curso e não desista da reabertura. E se mantiverem o curso, até o meio do ano a China será mais uma vez um contribuinte positivo para o crescimento global médio”, disse a diretora-gerente do Fundo, Kristalina Georgieva, em um encontro com um grupo de jornalistas.
De fato, segundo especificou, por se tratar de “um ajuste muito difícil para a China passar praticamente da noite para o dia de restrições significativas à livre circulação de pessoas”, será essencial a forma como o país se adapta a esta nova situação.
Assim, juntamente com a evolução da guerra da Rússia contra a Ucrânia, a China “provavelmente será o fator mais importante para o crescimento global em 2023”, previu.
Nas suas últimas projeções publicadas em outubro, que serão revistas no final deste mês e que foram feitas antes de o ditador, Xi Jinping, decidir amenizar sua draconiana política anti-COVID, o FMI prevê que o gigante asiático crescerá 4,4% este ano.
Esses dados estão longe dos números de crescimento da China antes da pandemia, mas são superiores aos dados de crescimento mundial esperado, 2,7%, com um terço dos países entrando em recessão, segundo o FMI.
Como vem alertando há meses, Georgieva reiterou nesta quinta-feira (12) que o pior ainda está por vir e que meses difíceis virão, com o declínio começando a reverter durante o segundo semestre de 2023, para se chegar a “um alto crescimento” global em 2024.
Entre para nosso canal do Telegram
Assista também: