Dois filhos do ditador Daniel Ortega fazem parte da delegação da Nicarágua que participa do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, na Rússia, anunciou o governo do país centro-americano nesta quarta-feira (14).
Os filhos do casal que comanda a Nicarágua que participam do evento são Laureano Facundo Ortega Murillo, conselheiro presidencial para investimentos, comércio e cooperação internacional e representante especial do presidente para assuntos russos; e Daniel Edmundo Ortega Murillo, diretor de meios de comunicação do Conselho de Comunicação e Cidadania do governo.
A delegação nicaraguense também inclui o ministro das Finanças e Crédito Público e copresidente da Comissão Conjunta Nicarágua-Rússia, Iván Acosta; o ministro dos Transportes e Infraestrutura, general aposentado Óscar Mojica; a ministra da Saúde, Martha Reyes; e a embaixadora da Nicarágua na Rússia, Alba Torres.
De acordo com o regime, a delegação nicaraguense se reuniu, no âmbito do fórum, com o presidente da Ossétia do Sul, Alan Gagloyev, e com o ministro das Relações Exteriores da Abkhazia, Inal Ardzinba, “com quem discutiram o fortalecimento dos intercâmbios e da cooperação”.
Entre outros compromissos, os nicaraguenses assistiram à apresentação do Clube de Amigos da Rússia, “reiterando a irmandade e a amizade” entre os regimes e os povos.
De acordo com Manágua, o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo “é um evento importante no mundo da economia e dos negócios, realizado desde 1997 e que se tornou a principal plataforma internacional de contato entre representantes da comunidade empresarial”.
Relações estreitas
Desde que Ortega retornou o poder em 2007, Nicarágua e Rússia fortaleceram suas relações em todos os campos.
A Rússia é uma aliada de longa data da Nicarágua, que durante o primeiro governo sandinista (1979-1990) forneceu armamento soviético às Forças Armadas nicaraguenses.
A Nicarágua é um dos poucos países, juntamente com Venezuela e os pequenos estados insulares de Nauru e Tuvalu, que se juntaram à Rússia no reconhecimento da independência das regiões separatistas de Abkhazia e Ossétia do Sul, e tem recebido funcionários de alto escalão da Rússia desde o início da guerra na Ucrânia.
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