Nicolás Petro, filho mais velho do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, revelou que parte do dinheiro supostamente ilegal que recebeu e pelo qual está sendo processado por lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito, entrou na campanha eleitoral de 2022 do atual chefe de Estado.
O relato foi anunciado pelo promotor do caso, Mario Burgos, que disse em uma audiência pública que, como parte de um acordo de delação com a Justiça, Nicolás Petro “forneceu informações relevantes que o Ministério Público desconhecia” sobre “fatos que ele conhece e que preocupam o país”.
“Na realidade, parte do dinheiro foi para suas contas, e parte para a campanha presidencial de 2022, na qual nosso atual presidente, Gustavo Petro Urrego, foi eleito”, declarou o promotor.
Ainda de acordo com Mario Burgos, no acordo de colaboração o filho do presidente colombiano “corrobora e ratifica a teoria do caso do Ministério Público” sobre lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito, crimes “que foram apoiados por provas suficientes obtidas legalmente”.
Nicolás Petro também admitiu “que recebeu grandes somas de dinheiro de Samuel Santander Lopesierra”, um traficante de drogas conhecido como “o homem Marlboro”, conforme revelado à imprensa em março por sua ex-mulher, Daysuris Vásquez, também presa e processada por lavagem de dinheiro e violação de dados pessoais, de acordo com o Ministério Público.
O filho do presidente disse à promotoria que havia recebido dinheiro de Gabriel Hilsaca Acosta, filho do polêmico empresário Alfonso “Turco” Hilsaca, e de “Óscar Camacho, um poderoso empresário da cidade de Cúcuta”.
“Uma parte desse dinheiro foi usada pelo próprio Nicolás Petro e sua esposa (na época) para benefício pessoal e aumentar sua riqueza de forma injustificada e lavar dinheiro. Outra parte desse dinheiro foi investida na campanha presidencial de 2022”, acrescentou o promotor.
Mario Burgos também disse que Nicolás Petro forneceu informações “sobre o financiamento da última campanha presidencial do atual presidente, Gustavo Petro, e o dinheiro que entrou na campanha, que aparentemente excedeu os limites permitidos por lei e cuja parte não foi relatada às autoridades eleitorais”.
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