Por EFE
Madri, 19 maio – A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a Federação de Associações de Jornalistas da Espanha condenaram nesta terça-feira o assassinato do jornalista Leonardo Pinheiro, assassinado em Araruama, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, enquanto fazia entrevistas.
“As duas entidades exigem que as autoridades competentes esclareçam o que aconteceu e submetam os responsáveis à justiça. Estamos conscientes da vulnerabilidade que muitas vezes acompanha o exercício da profissão e pedimos às autoridades que tomem todas as medidas necessárias para proteger os jornalistas”, diz nota conjunta, que também cita a morte do mexicano Jorge Miguel Armenta.
Pinheiro produzia conteúdo para a página “A Voz Araruamense” e foi assassinado na última quarta-feira. De acordo com testemunhas, o jornalista entrevistava algumas pessoas, quando homens chegaram em um carro, atiraram contra ele e fugiram.
As duas federações ainda destacaram que a quantidade de crimes contra profissionais de imprensa aumentou nos últimos meses no Brasil.
Recentemente, a Sociedade Interamericana de Imprensa denunciou existir uma carência no sistema de proteção de jornalistas no Brasil, Colômbia, Equador, Guatemala, Honduras, México e Paraguai, que, segundo a entidade, formam uma das regiões mais perigosas do mundo para a prática do jornalismo.