Por Alice Giordano
O principal fabricante americano de produtos à base de xilitol afirma que o governo federal está deliberadamente tentando ocultar seu spray nasal desenvolvido, o qual afirma ter eficácia cientificamente comprovada no tratamento e prevenção da COVID-19.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos entrou com uma ação no tribunal federal contra a empresa Xlear, sediada em Utah, em 28 de outubro, afirmando que a empresa havia enganosamente anunciado seu spray nasal como um tratamento preventivo para a COVID-19.
A ação pede ao tribunal federal que proíba permanentemente a empresa de promover o spray nasal como um tratamento para a COVID-19 e também pede que sejam aplicadas penalidades monetárias contra a mesma.
A COVID-19 é a doença causada pelo vírus do PCC (Partido Comunista Chinês), comumente conhecido como o novo coronavírus.
O DOJ entrou com a queixa em nome da Federal Trade Commission, alegando que a empresa violou a Lei da Comissão de Comércio Federal e a Lei de Proteção ao Consumidor ao fazer falsas declarações sobre os benefícios do produto.
Os principais ingredientes do spray consistem em solução salina, extrato de semente de toranja e xilitol, um adoçante derivado de plantas comumente usado em produtos de higiene bucal.
“As empresas não podem fazer alegações de saúde sem fundamento, não importa qual a forma do produto, ou o que ele supostamente evita ou trata”, afirma Samuel Levine, diretor do Secretária de Proteção ao Consumidor da comissão de comércio, em um comunicado à imprensa sobre o processo.
“Essa é a lição deste caso e de muitos outros semelhantes, e é por isso que as pessoas devem continuar a confiar em médicos profissionais ao invés de anúncios.”
A comissão e o Departamento de Justiça se recusaram a fazer mais comentários.
O advogado da Xlear, Robert Housman, da firma de Washington Book Hill Partners, afirmou ao Epoch Times que a comissão está “mentindo descaradamente” sobre a falta de embasamento das alegações da empresa.
Housman apontou que o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) – juntamente com o National Institutes of Health (NIH), um braço do Departamento de Saúde e Serviços Humanos – financiou estudos clínicos para o uso de sprays nasais como o da Xlear e publicaram descobertas no ano passado, onde descobriram que eles eram um tratamento e um método de prevenção eficaz para a COVID-19.
“Quando a Xlear relata às pessoas sobre estudos científicos, mesmo aqueles republicados pelo NIH, estamos de alguma forma iludindo as pessoas e fazendo afirmações falsas. É um absurdo”, afirma Housman ao Epoch Times. “Em vez de adotar intervenções nasais, o governo está tentando eliminar seu uso porque elas não se enquadram na agenda altamente falha do governo, de apenas vacinas”.
Em 20 de setembro de 2020, o NIH e o NIAID publicaram os resultados de um experimento clínico randômico, que financiaram no Vanderbilt University Medical Center, no Tennessee, sobre os méritos de usar irrigações salinas nasais hipertônicas no combate ao vírus do PCC.
Os pesquisadores nesse estudo escreveram que o “efeito da irrigação nasal na resolução dos sintomas foi substancial”, relatando que “a congestão nasal e as dores de cabeça em pacientes com a COVID foram resolvidas em média de sete a nove dias antes” no grupo de estudo.
“Nossa análise sugere que as irrigações nasais podem encurtar a duração dos sintomas, e, potencialmente, pode servir como uma intervenção amplamente disponível e barata para reduzir a carga de doenças entre os infectados”, escreveram os pesquisadores em seus resultados.
“Nós indicaríamos o uso de irrigações salinas hipertônicas nasais em pacientes com a COVID-19 que não estão hospitalizados, como uma intervenção segura e barata para reduzir a carga de sintomas.”
Housman apontou que o NIH também publicou os resultados de um estudo clínico, realizado alguns meses depois, em novembro, no Larkin Community Hospital, na Flórida, que descobriu que o spray nasal da Xlear especificamente, eliminou os sintomas da doença na metade do tempo.
Além dos estudos no Tennessee e na Flórida, outros experimentos clínicos randômicos – o mais recente conduzido no Departamento de Emergência da Universidade Augusta, na Geórgia – também concluíram que o uso de spray nasal foi benéfico no tratamento da COVID-19.
Os pesquisadores no ensaio da universidade, que ainda está em andamento, descobriram até agora que os pacientes com o vírus do PCC que participavam da irrigação nasal diária tinham uma probabilidade oito vezes menor, do que a taxa nacional, de serem hospitalizados.
O Departamento de Justiça não citou especificamente os experimentos em Larkin, Vanderbilt ou Augusta em seu processo.
Em vez disso, citou os resultados de estudos de laboratório realizados anteriormente na Universidade da Carolina do Norte – Chapel Hill e na Universidade do Tennessee, envolvendo testes in vitro e em animais, nenhum dos quais o DOJ e a FTC argumentam ser uma forma viável de testar o spray nasal para pacientes humanos com a COVID-19.
A ação também apontou que o estudo da Universidade do Tennessee é baseado em um spray nasal contendo iota-carragena, que o spray Xlear não contém e, portanto, não pode ser usado como evidência científica para apoiar as alegações da Xlear.
O processo também declara que os pesquisadores de Chapel Hill admitiram que, sem pesquisas adicionais, não seria possível determinar de forma conclusiva que “administrar o tratamento nasal é a melhor maneira de tratar a COVID-19”.
Housman afirmou que a comissão do comércio “escolheu a dedo” as conclusões dos estudos de laboratório para adequá-las à sua agenda.
O governo federal advertiu empresas contra a promoção de sprays nasais para tratamento e prevenção da COVID-19.
BlueWillow Biologics, uma empresa biofarmacêutica de Michigan que fabrica um antisséptico nasal, e a empresa Halodine, com sede em Miami, que criou o antisséptico nasal swab, com base de iodo, receberam cartas de advertência do FDA, no início deste ano, para interromperem a promoção de seus produtos nasais como um tratamento seguro e eficaz para a COVID-19.
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