Por EFE
Washington, 19 ago – O Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) prevê que a pandemia de Covid-19 continuará a “pesar fortemente” na economia, embora tenha reconhecido que “a atividade e o emprego têm crescido ligeiramente nos últimos meses”, de acordo com a ata da última reunião de política monetária, divulgada nesta quarta-feira.
“Os funcionários concordaram que a atual crise de saúde pública pesará fortemente na atividade econômica, no emprego e na inflação a curto prazo, e que representa riscos consideráveis para as perspectivas no médio prazo”, disse o documento da reunião, realizada em julho.
Com a chegada da pandemia, o Fed reduziu abruptamente as taxas de juro, entre 0% e 0,25%, e se comprometeu a não modificá-las a médio prazo dada a magnitude da crise causada pelo fechamento de empresas e a paralisação de atividades.
“Após fortes quedas, a atividade econômica e o emprego se recuperaram levemente nos últimos meses, mas permanecem muito abaixo dos níveis do início do ano”, acrescentou o documento.
O banco central advertiu que “o caminho da economia dependerá do rumo do vírus”.
O presidente do Fed, Jerome Powell, reconheceu em julho que o aumento dos casos registrados “nas últimas semanas” parecia ter “abrandado o consumo e a contratação”, especialmente nas pequenas empresas, embora tenha considerado que ainda era “cedo” para ver o alcance.
O índice de desemprego nos EUA caiu de 11,1%, em junho, para 10,2%, em julho. Powell recordou que a atual “é a crise econômica mais grave das nossas vidas”, ressaltando que em apenas alguns meses passou “dos mais baixos níveis de desemprego em 50 anos para os mais altos níveis em 90 anos”.
A próxima reunião do Fed sobre política monetária está agendada para os dias 15 e 16 de setembro.
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